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segunda-feira, 30 de julho de 2007

Você sabia que?

* Os músculos do seu coração têm força para jorrar sangue a 10 metros de distância?

* Os elefantes são os únicos animais que não podem pular?

* O músculo mais forte do seu corpo é a língua?

* O orgasmo de um porco dura 30 minutos?

* Que todos os ursos polares são canhotos?

* Que crocodilos não podem projetar a língua para fora da boca?

* As borboletas sentem o paladar dos alimentos pelos pés?

* Uma barata pode viver até 9 dias sem a cabeça e ela morre somente por não poder se alimentar após esse período?

* Humanos e golfinhos são os únicos animais que fazem sexo por prazer?

* Que o som que o pato emite (quack) não faz eco e ninguém sabe o porque?

* Cada rei em um jogo de baralho representa um personagem histórico:
Espada: Rei David
Paus: Alexandre, O Grande
Copas: Carlos Magno
Ouros: Júlio Cesar

* É impossível espirrar de olhos abertos?

* Estrelas do mar não tem cérebro?

* A estátua de um soldado montado em um cavalo com as duas patas no ar significa que ele morreu em combate?
Se o cavalo tiver somente uma pata no ar significa que ele morreu em decorrência de ferimentos após o combate?
Mas, se estiver com as quatro patas apoiadas, significa que ele morreu de causas naturais?

* Mosquitos tem uma infinidade de dentes?

* Thomas Edison tinha medo do escuro.

* A Palavra cemitério vem do grego "koimetirion" que significa dormitório?

* Na Inglaterra as pessoas não faziam sexo sem o consentimento do Rei. Quando queriam ter filhos , solicitavam a autorização real e eram obrigados a colocar uma placa do lado de fora da porta durante as relações sexuais. A Placa dizia: "Fornication Under Consent of the King" (F.U.C.K.) Esta é a origem da palavra.

* Os colonizadores ingleses ao chegarem à Austrália deram-se conta de que um animal pulava alto e longe. Perguntaram aos aborígenes, através de sinais e mímicas a respeito daquele animal. Os aborígenes responderam: "Khan Ghu Ru" e o animal ficou conhecido em todo o undo por esse nome. Mas, o que os aborígenes tentavam dizer na realidade era: "Nós não entendemos vocês". "Khan Ghu Ru".

* Durante a guerra civíl americana, quando as tropas retornavam da batalha sem nenhuma baixa, era escrito e fixado "0 Killed" (nenhum morto).
Daí vem a expressão OK, que significa que está tudo bem.

domingo, 29 de julho de 2007

Carta do Cacique Seattle

Em 1855, o cacique Seattle, da tribo Suquamish, do Estado de Washington, enviou uma carta ao presidente dos Estados Unidos (Francis Pierce), depois de o Governo haver dado a entender que pretendia comprar o território ocupado por aqueles índios. Faz mais de um século e meio. Mas o desabafo do cacique tem uma incrível atualidade.

Grande chefe de Washington mandou dizer que quer comprar a nossa terra; O grande chefe assegurou-nos também sua amizade e benevolência. Isto é gentil de sua parte, pois nós sabemos que ele não precisa de nossa amizade. Vamos pensar em sua oferta. Se não pensarmos, homem branco virá com armas e tomará nossa terra. O grande chefe em Waschington pode acreditar no que Cacique Seathl diz, com a mesma certeza com que nossos irmãos brancos podem confiar na mudança das estações do ano. Minha palavra é como as estrelas, elas não empalidecem. Como podes comprar ou vender o céu? O calor da terra? Tal idéia é estranha. Nós não somos donos da pureza do ar ou do brilho da água. Como podes então comprá-los de nós? Decidimos apenas sobre coisas de nosso tempo. Toda esta terra é sagrada para o meu povo. Cada folha reluzente, todas as praias de areia, cada véu de neblina nas florestas escuras, cada clareira e todos os insetos a zumbir são sagrados nas tradições e na crença de meu povo.

Sabemos que o homem branco não compreende nosso modo de viver. Para ele, um pedaço de terra é igual a outro porque ele é um estranho que vem de noite e rouba da terra tudo o que necessita. A terra não é sua irmã, é sua inimiga e depois de a esgotar ele vai embora, deixa para trás a cova de seu pai, sem remorsos. Rouba a terra de seus filhos. Nada respeita. Esquece o critério dos antepassados e o direito dos filhos. Sua ganância empobrece a terra e deixa atrás só desertos. Tuas cidades são um tormento para os olhos do homem vermelho. Talvez seja assim por ser o homem vermelho, um selvagem que nada compreende.

Não se pode encontrar paz nas cidades do homem branco, nem lugar onde se possa ouvir o desabrochar da folhagem na primavera ou o zunir das asas dos insetos. Talvez por ser um selvagem que não entende, o barulho das cidades é terrível para os meus ouvidos. E que espécie de vida é aquela que o homem não pode ouvir a voz do corvo noturno ou a conversa dos sapos do brejo, à noite? Um índio prefere o suave sussurro do vento sobre o espelho d´agua e o próprio cheiro do vento, purificado pela chuva do meio-dia e com aroma de pinho. O ar é precioso para o homem vermelho, porque todos os seres vivos respiram o mesmo ar, animais, árvores, homens. Não parece que o homem branco se importe com o ar que respira. Como moribundo, ele é insensível ao ar.

Se eu me decidir a aceitar, imporei uma condição. O homem branco deve tratar os animais como se fossem irmãos. Sou um selvagem e não compreendo que possa ser certo de outra forma. Vi milhares de bisões apodrecendo nas pradarias, abandonados pelo homem branco que os abatia a tiros disparados do trem. Sou um selvagem e não compreendo como um fumegante cavalo de ferro possa ter mais valor que um bisão que nós, os índios, matamos apenas para sustentar a nossa própria vida. O que é o homem branco sem os animais, se todos os animais acabassem, os homens morreriam de solidão espiritual, porque tudo o que acontece aos animais pode também afetar os homens. Tudo está relacionado entre si. Quando fere a terra , fere também os filhos da terra.

Os nossos filhos viram os pais humilhados na derrota. Os nossos guerreiros sucumbem sob o pelo da vergonha e, depois da derrota passam o tempo em ócio e envenenam seus corpos com alimentos adocicados e bebidas ardentes. Não tem grande importância onde passaremos nossos últimos dias – eles não são muitos, mas algumas horas, até uns invernos e nenhum dos filhos das grandes tribos que viveram nesta terra, ou que tem vagueado nos pequenos bandos nos bosques, sobrará para chorar, sobre os túmulos, um povo que um dia foi tão poderoso e cheio de confiança como o nosso.

De uma coisa sabemos, que o homem branco talvez venha um dia a descobrir: O nosso Deus é o mesmo Deus. Julgas, talvez, que podes ser o dono dele, da mesma maneira como desejas possuir a nossa terra. Mas não podes, ele é Deus de todos e quer bem da mesma maneira ao homem branco como ao vermelho. A terra é amada por ele. Causar dano à terra é demonstrar desprezo pelo criador. O homem branco também vai desaparecer, talvez mais depressa do que as outras raças. Continua sujando tua própria cama e hás de morrer uma noite, sufocado nos teus próprios excrementos! Depois de abatido o último bisão e domados todos os selvagens, quando as matas misteriosas federem a gente, quando as colinas, escarpas se encherem de fios que falam, onde ficarão então os sertões? Terão acabado. E as águias? Terão ido embora. Restará dar adeus às andorinhas da torre e a caça; o fim da vida e o começo da luta para sobreviver.

Talvez compreendêssemos como que sonha o homem branco, se soubéssemos quais as esperanças que transmite a seus filhos nas longas noites de inverno, quais visões do futuro oferece para que possam ter formados os desejos do dia de amanhã, mas nós somos selvagens. Os sonhos do homem branco são ocultos para nós e por ser ocultos, temos de escolher nosso próprio caminho. Se consentirmos na venda, é para garantir as reservas que nos prometeste. Lá talvez possamos viver os nossos últimos dias conforme desejamos. Depois que o último homem vermelho tiver partido e a sua lembrança não passar da sombra de uma nuvem a pairar acima das pradarias, a alma do meu povo continuará a viver nestas florestas e praias, porque nós amamos como um recém-nascido ama o bater do coração de sua mãe. Se vendermos a nossa terra, ama-a como nós a amávamos. Protege-a como nós a protegíamos. Nunca esqueça como era a terra quando dela tomaste posse e, com tua força, teu poder e todo teu coração, conserva-a para teus filhos e ama-a como Deus ama a todos. Uma coisa sabemos: O nosso Deus é o mesmo Deus. Esta terra é querida por ele. Nem mesmo o homem pode evitar o nosso destino comum.


As Regras de Bill Gates


Na Universidade de Yale, Bill Gates deu uma palestra dirigida a estudantes e pais de família, na qual expôs 11 regras que, apesar de duras, são necessárias na vida real.

1) A vida não é justa, acostumem-se a isso;

2) Ao mundo não importa tua auto-estima. O mundo espera que conquistes algo, independente de que te sintas bem ou não contigo mesmo;

3) Não ganharás US$ 5.000,00 mensais logo depois de sair da Universidade e não serás um vice presidente até que com o teu esforço, tenha conquistado as duas coisas;

4) Se achas que teu professor é duro, espere até quando tenhas um chefe. Esse sim não terá a vocação para ensinar nem a paciência requerida;

5) Dedicar-se a virar os hambúrgueres não te tira a dignidade. Teus avós tinham uma palavra diferente para definir, chamavam "oportunidade";

6) Se cometes erros, não é culpa dos seus pais. Portanto, não choramingues com teus erros, aprenda com eles;

7) Antes de vocês nascerem, seus pais não eram tão aborrecidos como hoje. Eles começaram a ser ao pagar suas contas, lavar suas roupas e escutar as conversas de vocês sobre a nova moda em que vocês estão. Portanto, antes de empreender uma luta pelas selvas virgens contaminadas pela geração dos teus pais, inicia o caminho limpando as coisas da tua própria vida, começando pelo seu quarto;

8) Na escola pode haver-se eliminado a diferença entre ganhadores e perdedores porém na vida real não. Na escola já não se perdem anos letivos , te dão as oportunidades que necessitas para encontrar a resposta correta nos teus exames e para que tuas tarefas sejam cada vez mais fáceis. Isto não tem nenhuma semelhança com a vida real;

9) A vida não se divide em semestres. Não terás longas férias de verão em lugares distantes e muitos poucos chefes se interessarão em ajudar você a encontrar-se em si mesmo. Tudo isso terás que fazê-lo no teu tempo livre;

10) A televisão não é a vida diária. Na vida cotidiana as pessoas deverdade tem que sair do café do filme para ir trabalhar;

11) Seja amável com os "NERDS" (os mais aplicados da sua turma). Existem muitas probabilidades de que termines trabalhando para um deles;

Podemos dizer que são regras consideradas duras, mas vale a pena compartilhar, porque são tiradas da vida real de um empresário extremamente exitoso da história empresarial.

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Kennedy e Lincoln - Coincidências?



John F. Kennedy--------------------------------- Abraham Lincoln

Eles não foram os únicos presidentes americanos a serem assassinados enquanto exerciam seus mandados, mas várias semelhanças entre ambos chama a atenção:

- John Kennedy foi eleito para o Congresso norte-americano em 1946. Lincoln, em 1846;

- Kennedy foi eleito presidente em 1960. Lincoln, em 1860;

- A secretária de Kennedy tinha o sobrenome Lincoln, e vice-versa;

- As secretárias de Kennedy e Lincoln tiveram pressentimentos das mortes de seus chefes;

- Ambos os sucessores tinham o sobrenome Johnson. Andrew, que sucedera a Lincoln, nasceu em 1808. Lyndon, que ocupou o cargo com a morte de Kennedy, nasceu em 1908;

- Ambos os assassinos eram racistas declarados e foram mortos antes de seus julgamentos; - John Wilkes Booth, que matou Lincoln, nasceu em 1839. Lee Harvey Oswald, algoz de Kennedy, em 1939;

- Booth atirou em Lincoln em um teatro e foi pego em um depósito. Oswald disparou contra Kennedy de um depósito - e fora preso em um teatro;

- Ambos estavam comprometidos na defesa dos direitos civis;

- As esposas de ambos perderam filhos enquanto viviam na Casa Branca;

- Uma semana antes de Lincoln ser morto, ele estava em Monroe, Maryland. Uma semana antes de Kennedy ser morto, ele estava em Monroe, Marilyn;

- Ambos foram assassinados numa sexta-feira e na presença das esposas. Os dois foram baleados por trás com tiros na cabeça;

- Lincoln foi morto na sala Ford, do teatro Kennedy. Kennedy foi morto num carro Ford, modelo Lincoln;

- Os nomes dos assassinos de ambos (John Wilkes Booth e Lee Harvey Oswald, respectivamente) têm 15 letras.



Vale a pena pensar sobre isso.

sexta-feira, 20 de julho de 2007

Desafiando os Limites





Para quem ainda não viu, vale a pena ver, a história de um homem que corre atrás do seu sonho. Burt Munro.

Discurso de Steve Jobs na Universidade de Stanford - Parte 1

Discurso de Steve Jobs na Universidade de Stanford - Parte 2

Sabedoria de Médico


Há muitos médicos na face da terra e, por conseguinte, grande variedade de procedimentos por parte de cada um deles.

Existem belas histórias de médicos que se superam como profissionais e conseguem grandes resultados junto aos pacientes, mesmo sem uso de remédios ou bisturis.

Há anos atrás, lemos a história de um desses médicos fantásticos que curam, desde as doenças físicas até as enfermidades da alma.

Um amigo lhe perguntou qual era a fórmula mágica que usava para ajudar seus pacientes e ele respondeu: “meus doentes se restabelecem com uma prescrição que foi recomendada há muitos séculos, na Galiléia. Ponho-me, às vezes, a pensar sobre o que aconteceria se o Sermão da


Montanha fosse levado em conta por todos os médicos... É indiscutível que Jesus nos deu conselhos preciosos para o bem-estar mental e físico.”

Fazer o bem com desinteresse é a maior das salvaguardas contra as lamentações inúteis, o ódio e o medo. Por conseguinte, é uma espécie de remédio contra muitas formas de insanidade.

Outro médico contou que certo dia foi chamado a atender a um agente de seguros chamado Bill Wilkins, que acordou certa manhã num hospital para alcoólatras.

Com profundo desânimo Bill perguntou ao médico: “doutor, quantas vezes já estive neste buraco?”

Cinqüenta, respondeu o médico. Você já se tornou um dos nossos mais velhos pacientes.

- Este vício acaba me matando, o senhor não acha? Indagou.

- Ora, Bill, respondeu o médico com voz grave, você, no caminho por onde vai, não vai durar muito.

Então, que tal se me deixasse tomar um tragozinho? Sugeriu Bill, com o rosto iluminado.

- Está bem, concordou o médico. Mas vamos fazer um acordo. Há um rapaz no quarto ao lado que está em más condições. É a primeira vez que vem aqui. Se você se mostrar a ele, como um horrível exemplo do que o espera, talvez consiga fazer com que renuncie à bebida para o resto da vida.

Em vez de zangar-se, Bill mostrou-se interessado.

- Está bem, respondeu. Mas não se esqueça da garrafa, quando eu voltar.

O rapaz estava mesmo em péssimas condições. Bill, que se considerava incapaz de convencer a quem quer que seja, mal pôde acreditar na sua própria voz, quando começou a insistir com o moço:

- O álcool é uma força externa que conseguiu vencê-lo. Só outra força poderá ajudá-lo. Se não quiser chamá-la de Deus, poderá denominá-la a verdade. O nome pouco importa, o importante é que essa força está dentro de você.

Fosse qual fosse a reação do rapaz, Bill acabou por impressionar-se a si próprio.

Ao voltar ao seu quarto, esquecera o trato feito com o médico.

Interessando-se, finalmente, por outra pessoa, permitiu que a lei do desinteresse e da generosidade viesse em seu próprio auxílio.

Os resultados foram tão eficazes que ele se tornou o fundador de um movimento muito útil, para os que perderam a fé em si próprios, e cujo nome é Alcoólicos Anônimos.
***
Toda pessoa tem na intimidade a centelha divina.

E por mais difícil que esteja a situação, sempre haverá uma solução possível, basta que a busquemos com disposição e coragem.

Equipe de Redação do Momento Espírita, baseado num artigo da revista Seleções do Reader’s Digest, nov/1946.
A foto acima é de Bill Wilkins.

Marketing 1

Every morning in Africa a gazelle wakes up. It must run faster than the fastest lion or it will be killed. Every morning a lion wakes up. It knows it must outrun the slowest gazelle or it will starve to death. It doesn´t matter whether you are a lion or a gazelle. When the sun comes up, you´d better be running.

Anônimo


Traduzindo:
Todos as manhãs, na Africa, uma gazela se levanta. Ela tem que correr mais rápido do que o mais rápido leão ou será morta. Todas as manhãs um leão se levanta. Ele tem que correr mais rápido do que a mais lenta gazella ou ele irá morrer de fome. Não importa se você é um leão ou uma gazella. Quando o sol aparecer, é melhor estar correndo.


Marketing 2

Há uma fábula gerencial que diz que: Duas gazelas estão correndo de um leão na savana africana. Uma delas resolve colocar um par de tênis para correr mais rápido. A outra diz que isso de nada adiantaria , pois uma gazela nunca consegue correr mais do que um leão. Então a primeira gazela diz que não precisa correr mais do que o leão para sobreviver; só precisa correr mais do que a outra gazela.

Competitividade é uma questão de sobrevivência e não de opção.

quinta-feira, 19 de julho de 2007

À Espera dos Pais

A dama da alta sociedade costumava desfilar, em sua carruagem de luxo, pelas ruas de São Francisco, sob olhares de admiração e inveja.
Um dia, os jornais publicaram o falecimento de uma tia e ela, obedecendo às convenções sociais, teve que permanecer no lar por uma semana.
Indignada por ter que ficar sete dias dentro do enorme palácio, buscou o marido, então Governador do Estado, e este a fez lembrar-se de que poderia passar os dias brincando com o filho.
Ela gostou da idéia. Adentrou a ala esquerda do palácio, que tinha sido liberada para o pequeno príncipe, que vivia rodeado por profissionais de diversas nacionalidades, a fim de lhe ensinarem idiomas e costumes de outros povos.
Quando o pequeno Leland avistou a mãe, exultou de felicidade e lhe perguntou por que ela estava ali, naquele dia e hora não habituais.
Ela lhe contou o motivo e ele, feliz, lhe perguntou quantas tias ainda restavam.
Leland estava ao piano tocando uma balada que aprendera com sua babá francesa.
A mãe, impressionada, ficou ouvindo por alguns instantes aquela balada que lhe pareceu um tanto melancólica.
Pediu ao filho que cantasse. Ele cantou. Falou-lhe para que a traduzisse e ele a traduziu.
Era a história de um menino que era levado pela sua mãe todos os dias até à praia, de onde ficavam olhando o pai desaparecer na linha do horizonte, em seu barco pesqueiro.
Todos os dias a cena se repetia, até que um dia, o barco do pai não retornou.
A mãe conduziu o filho novamente à praia e lhe pediu que ficasse esperando, pois ela iria buscar o marido.
Adentrou o mar e o filho ficou esperando na praia, pelo pai e pela mãe, que jamais retornaram.
A balada comoveu a grande dama. Falou ao filho que era muito triste. Ele respondeu que cantava porque se identificava com o menino da praia.
A mãe não entendeu em que consistia a semelhança e retrucou ao filho:
Você tem tudo. Não lhe falta nada. Tem mãe e pai e é herdeiro de um dos homens mais importantes deste Estado.
Leland respondeu com melancolia: Mas o papai adentrou há muitos anos o mar dos negócios e nunca o posso ver.
Você o seguiu e eu fiquei aqui à espera de um retorno que nunca acontece. Como você pode perceber, minha história é muito semelhante à do menino solitário da praia.
Daquele dia em diante, a dama passou a conviver mais com o filho de onze anos a quem não conhecia e, por esse motivo, aprendeu a amá-lo.
A convivência estreita com a mãe trouxe a Leland um brilho novo. Por algum tempo a vida lhes permitiu desfrutar da alegria do afeto mútuo, das experiências vividas, um em companhia do outro.
Fizeram uma longa viagem de navio e Leland adoeceu. A mãe fez tudo o que podia para salvar-lhe a vida, mas foi tudo em vão.
O navio retornou e Leland não pôde mais contemplar a mãe com os olhos físicos.
Todavia, naquele breve tempo de convívio, o menino ensinou à mãe outros valores.
Ela construiu orfanatos e outras obras de assistência para a comunidade carente.
Leland não herdou a fortuna dos pais, mas a fortuna rende frutos até hoje junto à sociedade daquele Estado. Dentre elas, a Universidade Stanford.
* * *
Não há motivo que justifique o abandono dos filhos por parte dos pais.
Não há filhos que aceitem, de boa vontade e em sã consciência, trocar o afeto dos pais por qualquer outro tesouro.
Pensemos nisso!
Redação do Momento Espírita, com base em Palestra proferida por Divaldo Pereira Franco.

Um Copo de Leite

Um dia, um rapaz pobre que vendia mercadorias de porta em porta para pagar seus estudos, viu que só lhe restava uma simples moeda de dez centavos. A fome o maltratava.

Decidiu que pediria comida na próxima casa em que batesse. Porém, quando uma encantadora mulher jovem lhe abriu a porta, seus nervos o traíram.

Em vez de comida, ele só teve coragem para pedir um copo de água.


A jovem descobriu nele um rapaz faminto e, em vez de água, lhe deu um grande copo de leite.

Ele bebeu devagar. Depois, receoso, perguntou:

Quanto lhe devo?

Não me deve nada, respondeu ela. Minha mãe sempre nos ensinou a nunca aceitar pagamento por uma oferta caridosa.

Ele disse: “pois eu te agradeço de todo coração."

Quando Howard Kelly saiu daquela casa, não só se sentiu mais forte fisicamente, mas também sua fé em Deus e nos homens ficou mais forte. Antes, ele estava resignado a se render e deixar tudo. Agora, estava disposto a prosseguir na luta até a conquista do que idealizara para a sua vida.

Anos depois, essa jovem mulher ficou gravemente doente. Os médicos locais estavam confusos quanto ao correto diagnóstico e conseqüente tratamento. Finalmente, a enviaram para a cidade grande, onde chamaram um especialista para analisar sua rara enfermidade. O especialista não era outro senão o Dr. Howard Kelly.

Quando lhe apresentaram a ficha da enferma e ele soube do nome do povoado de onde ela viera, uma estranha luz encheu os seus olhos. Imediatamente, vestido com a sua bata de doutor, foi ver a paciente.

Reconheceu imediatamente aquela mulher. Determinou-se a fazer o melhor para salvar aquela vida. Passou a dedicar especial atenção para aquela paciente.

Depois de uma demorada luta pela vida da doente, ele ganhou a batalha. Quando ela se preparava para ter alta, o Dr. Kelly pediu para a administração do hospital que lhe deixasse ver a fatura total dos gastos, a fim de que a pudesse aprovar.

Ele a conferiu, item por item, depois escreveu alguma coisa e mandou entregá-la no quarto da paciente.

Ela tinha medo de abrir a fatura, porque sabia que levaria o resto da sua vida para pagar todos os gastos. No entanto, quando se decidiu a abrir o envelope, algo lhe chamou a atenção. Em letras caprichadas, mas firmes, havia uma anotação:

Pago totalmente, faz muitos anos, com um copo de leite. Assinado: Dr. Howard Kelly.

E lágrimas de intensa alegria correram dos olhos daquela mulher, que se lembrou de orar nos seguintes termos:

Graças, meu Deus, porque teu amor se manifestou nas mãos e nos corações humanos.
***
Imensa é a generosidade dos corações que se manifesta das mais variadas formas. Basta um pequeno toque, um pequeno pedido, e eis a generosidade se transformando em alimento, agasalho, abrigo, acolhida, companhia.

E porque a generosidade espanca a miséria, transformando patrimônio em lares, pedras em pães, horas preciosas em alfabetização, a esperança prossegue luzindo nas almas, conduzindo-nos a um mundo de paz, onde todos nos daremos as mãos, na qualidade de irmãos.

Equipe de Redação do Momento Espírita, a partir de texto intitulado Um copo de leite, de autoria desconhecida.

Valores Reais
















O nome do casal Curie, Pierre e Marie, estará para sempre associado à radioatividade. Desde o momento em que Marie Curie conseguiu isolar um precioso grama de Radium, a vida de ambos se modificou.

Em 1903, foram convidados para uma conferência sobre o Radium que se realizaria em famosa instituição de Londres. O casal foi. Pela primeira vez uma mulher era admitida às sessões daquela instituição londrina. Eles compareceram a muitas recepções, pois todos desejavam conhecer os pais do Radium.

Pierre foi às brilhantes recepções vestido de preto. A mesma roupa que utilizava no curso que ministrava em paris. Marie era olhada como um animal muito raro. Ela era um fenômeno, uma mulher física. Ela usava vestido escuro com leve decote e mãos sem luvas. As mãos que se apresentavam roídas pelos ácidos das experiências.

Contudo, as damas que compareciam aos banquetes usavam nos dedos e no colo as mais preciosas pedras do império britânico.

Marie sentia um verdadeiro prazer em contemplar essas jóias. Observou também que o marido olhava as jóias de forma fixa, passeando o olhar por todas aquelas belas mulheres, carregadas de preciosidades.

À noite, quando se recolheram ao quarto para o repouso, ela comentou: nunca imaginei que existissem jóias assim. Que coisa maravilhosa!

O marido sorriu e falou: durante o jantar, fiquei observando os anéis, os colares e os brincos.

Enquanto todos conversavam comecei a fazer a conta de quantos laboratórios seria possível construir com as pedras que cada uma dessas damas carregava. E para nós seria suficiente um laboratório.

Quando chegou o fim do jantar, acredite, a minha conta já tinha alcançado um número astronômico.

Assim são as grandes almas. Tudo o que vêem, o que para os outros é simplesmente beleza, ornamento ou capricho, para elas se transforma em algo incrivelmente útil.

Grande é a sua capacidade de ver o bem a ser feito e espalhado, nas maiores proporções possíveis.

Eles nos ensinam, com suas vidas, que existem valores mais preciosos do que aqueles perecíveis, que mudam de mãos ao sabor das questões financeiras.

Convidam-nos, igualmente, a olhar em nossos lares, em nossos armários com atenção e descobrir o que se encontra ali guardado há muito tempo, sem uso, e que, em mãos sábias se transformaria em agasalho, alimento ou abrigo às criaturas necessitadas.

Você sabia?

Você sabia que o casal Curie renunciou à riqueza, ao partilhar suas descobertas na íntegra com todos os demais sábios? Eles poderiam ter se considerado os descobridores do Radium e patenteado a sua descoberta. Teriam, assim, assegurados os seus direitos de participação na indústria do Radium.

Mas como perceberam que o Radium poderia servir para a cura de doentes, acreditaram ser errado retirar vantagens disso.

Com incrível senso de humanidade e doação, cederam todas as suas informações, partilhando a descoberta que hoje beneficia inumeráveis vidas.

Fonte: Madame Curie, de autoria de Eva Curie, tradução de Monteiro Lobato, Companhia Editora Nacional, São Paulo – cap. XVI, A inimiga.

Melvin Jones - Fundador do Lions International



Melvin Jones - Fundador do Lions Clubs International

Melvin Jones nasceu em 13 de janeiro de 1879 em Fort Thomas, Arizona, EUA, filho de um capitão do Exército dos Estados Unidos que comandava uma tropa de soldados. Mais tarde, seu pai foi transferido e sua família mudou-se para o leste. Quando rapaz, Melvin Jones viveu em Chicago, Illinois, EUA, tornou-se sócio de uma companhia de seguros e, em 1913, formou sua própria agência.
Logo juntou-se ao Business Circle, um grupo de empresários que se reunia para almoços, e em pouco tempo foi eleito secretário. Esse grupo era apenas mais um dentre tantos outros que, naquela época, se dedicavam exclusivamente a promover os interesses financeiros dos seus associados. Devido à sua oferta limitada, esses grupos estavam fadados a desaparecer. Melvin Jones, entretanto, tinha outros planos. "E se esses homens que são bem-sucedidos devido à sua iniciativa, inteligência e ambição, pusessem seu talento para trabalhar em benefício de suas comunidades?", indagou Melvin Jones. Assim, mediante seu convite, representantes de clubes masculinos reuniram-se em Chicago para fundar uma organização com tal finalidade em 7 de junho de 1917, e assim nasceu o Lions Clubs International.
Com o tempo, Melvin Jones abandonou sua agência de seguros para dedicar-se em tempo integral ao Lions, na Sede Internacional em Chicago. Foi sob sua liderança dinâmica que o Lions Clubs conquistou o prestígio necessário para atrair sócios com consciência cívica.
O fundador da associação também foi reconhecido como líder fora dela. Uma de suas grandes honrarias deu-se em 1945, quando representou o Lions Clubs International como um conselheiro em São Francisco, Califórnia, EUA, na Organização das Nações Unidas.
Melvin Jones, o homem cujo código pessoal "Você não irá muito longe enquanto não começar a fazer algo por outra pessoa" tornou-se um princípio orientador para pessoas com senso de coletividade no mundo todo, morreu em 1º de junho de 1961, aos 82 anos de idade. Para obter informações sobre o Memorial de Melvin Jones do Lions International em Fort Thomas, Arizona, EUA, clique aqui.

Persistência


Um homem investe tudo o que tem numa pequena oficina. Trabalha dia e noite, inclusive dormindo na própria oficina.

Para poder continuar nos negócios penhora, com muito pesar, as jóias da esposa.

Quando apresentou o resultado final de seu trabalho a uma grande empresa, disseram-lhe que seu produto não atendia ao padrão de qualidade exigido.

O homem desistiu? Não!

Volta para a escola por mais dois anos, sendo vítima de grande gozação por parte de seus colegas, e de alguns professores que o tachavam de “visionário”.

O homem ficou chateado? Não!

Após dois anos, a empresa que o recusou finalmente fecha contrato com ele, porém, durante a guerra, sua fábrica é bombardeada duas vezes, sendo que grande parte dela foi destruída.

O homem se desesperou e desistiu? Não!

Reconstrói sua fábrica mas, um terremoto novamente a arrasa.

Essa é a gota d’água? O homem desistiu? Não!

Imediatamente após a guerra segue-se uma grande escassez de gasolina em todo o país, e este homem não pode sair de automóvel nem para comprar comida para a família.

Ele entra em pânico e desiste? Não!

Criativo como de costume, ele adapta um pequeno motor à sua bicicleta, e sai às ruas.

Os vizinhos ficam maravilhados e todos querem também as chamadas “bicicletas motorizadas”.

A demanda por motores aumenta muito, e logo ele fica sem mercadoria. Decide então montar uma fábrica para essa novíssima invenção.

Como não tinha capital, resolveu pedir ajuda para mais de quinze mil lojas espalhadas pelo país.


Como a idéia é boa, consegue apoio de mais ou menos cinco mil lojas, que lhe adiantam o capital necessário para a indústria.

Encurtando a história: hoje a Honda Corporation é um dos maiores impérios da indústria automobilística japonesa, conhecida e respeitada em todo o mundo.

Tudo porque o sr. Soichiro Honda, seu fundador, não se deixou abater pelos terríveis obstáculos que encontrou pela frente.

Portanto, se você vive hoje momentos difíceis, como quase todo o mundo, não se deixe desanimar e persista.

A vida reserva um prêmio maravilhoso para aquele que persiste, que tem fé, e que não se deixa abalar pelo desânimo.

O que sabemos é uma gota. O que ignoramos é um oceano.

E se mesmo depois de uma vida inteira de persistência, você não conseguir desfrutar do conforto material desejado, saiba que conquistou algo muito maior, muito mais duradouro do que os tesouros da terra. Você conquistou um dos tesouros do coração e que chamamos de “virtude”.

Pense nisso!

A marcha do tempo é inexorável.

De qualquer forma as horas se sucedem.

Utilize-as de maneira digna, mesmo que a peso de sacrifícios.

Tudo na vida constitui convite para o avanço e a conquista de valores, na harmonia e na glória do bem.

Equipe de Redação do Momento Espírita, a partir de texto anônimo e do capítulo 10 da obra “Episódios Diários” de Divaldo Pereira Franco, pelo Espírito de Joanna de Ângelis.

quarta-feira, 18 de julho de 2007

A Sabedoria do Samurai

Conta-se que perto de Tóquio, capital da Japão, vivia um grande Samurai.
Já muito idoso, ele agora se dedicava a ensinar o Zen aos jovens. Apesar de sua idade, corria a lenda de que ainda era capaz de derrotar qualquer adversário.
Certa tarde apareceu por ali um jovem guerreiro conhecido por sua total falta de escrúpulos. Era famoso por usar a técnica da provocação.
Utilizando-se de suas habilidades para provocar, esperava que seu adversário fizesse o primeiro movimento e, dotado de inteligência e agilidade, contra-atacava com velocidade fulminante.
O jovem e impaciente guerreiro jamais havia perdido uma luta.
Assim que soube da reputação do velho Samurai, propôs-se a não sair dali sem antes derrotá-lo e aumentar sua fama.
Todos os discípulos do Samurai se manifestaram contra a idéia, mas o velho aceitou o desafio.
Foram todos para a praça da pequena cidade e diante dos olhares espantados, o jovem guerreiro começou a insultar o velho mestre.
Chutou algumas pedras em sua direção, cuspiu em seu rosto, gritou todos os insultos conhecidos, ofendendo inclusive seus ancestrais.
Durante horas fez tudo para provocá-lo mas o velho permaneceu sereno e impassível.
No final da tarde, sentindo-se já exausto e humilhado, o impetuoso guerreiro retirou-se.
Desapontados pelo fato de o mestre ter aceitado calado tantos insultos e provocações, os alunos perguntaram:
Como o senhor pôde suportar tanta indignidade?
Por que não usou sua espada, mesmo sabendo que podia perder a luta, ao invés de mostrar-se covarde diante de todos nós?
O sábio ancião olhou calmamente para os alunos e, fixando o olhar num deles lhe perguntou:
Se alguém chega até você com um presente e lhe oferece mas você não o aceita, com quem fica o presente?
Com quem tentou entregá-lo, respondeu o discípulo.
Pois bem, o mesmo vale para qualquer outro tipo de provocação e também para a inveja, a raiva, e os insultos, disse o mestre.
Quando não são aceitos, continuam pertencendo a quem os carregava consigo.
Por essa razão, a sua paz interior depende exclusivamente de você. As pessoas não podem lhe tirar a calma, se você não o permitir.
Pense nisso!
Sempre que alguém tentar tirar você do sério, lembre-se da sábia lição do velho Samurai.
Lembre-se, ainda, que seus atos lhe pertencem. Só você é responsável pelo que pensa, sente ou faz.
Só você, e mais ninguém, pode permitir que alguém lhe roube a paz ou perturbe a sua tranqüilidade.
Foi por essa razão que Jesus afirmou que só lobos caem em armadilhas para lobos.
Assim, aceitar provocações ou deixar que fiquem com quem nos oferece, é uma decisão que cabe exclusivamente a cada um de nós.
Pensemos nisso!

A Resposta da Gratidão

Jim nunca imaginou que as coisas acontecessem daquela forma. Enquanto trabalhava como salva-vidas, amava o que fazia.

Num dia de folga, andando pela praia, ele viu uma mulher em perigo. Jogou-se n’água e a trouxe para a praia.

Depois a carregou até o posto salva-vidas, onde uma ambulância a levou para o hospital.

Victória ficou muito agradecida e passou a visitá-lo, de vez em quando, no posto.

Quando sabia que ele estava trabalhando, mandava-lhe pizza. Jim retribuía com visitas e telefonemas.

Os outros rapazes faziam gozação da sua amizade com aquela senhora. Ele não ligava.

Durante anos, mantiveram a amizade. Certo dia, retornando de uma viagem, Jim ligou para a casa dela. Quem atendeu foi uma jovem, que se identificou como bárbara.

Era sua sobrinha. Contou-lhe que Victoria havia morrido, vítima de um derrame. A sobrinha viera de outra cidade para resolver alguns negócios da tia.

Ela sabia tudo a respeito dele porque sua tia lhe falou. O tempo passou.

Uma noite, numa festa na praia, com amigos, Jim percebeu que as coisas estavam saindo do controle.

Bebidas e drogas começaram a circular. Ele decidiu ir embora. Logo depois, uma mulher que ele havia conhecido apenas algumas horas antes, também saiu.

Quando ela foi dada como desaparecida e seu vestido esfarrapado foi encontrado ao lado da estrada, ele foi acusado de assassinato.

Parecia um pesadelo. Ele mal a conhecia. Era uma acusação maluca. Mas a polícia precisava de um suspeito. E ele era um suspeito.

Um defensor público foi indicado para cuidar do seu caso, porque ele não tinha dinheiro. Foi preso e a fiança estipulada em um valor elevadíssimo.

Jim achou que não teria mais saída. Então, um dia, recebeu um telefonema.

Era bárbara. Formada em direito, ela ouviu o noticiário a respeito da sua prisão e perguntava se ele aceitaria que ela o defendesse gratuitamente.

Jim aceitou de pronto. Ela começou a se inteirar dos detalhes do caso.

A única testemunha ocular que identificou Jim, como o homem que saiu da festa com a mulher, descreveu o casal como sendo da mesma altura.

Alguma coisa estava muito errada. A suposta morta tinha 1,65m. Jim tinha quase 1,80m.

Graças a esse detalhe, ela conseguiu que a fiança fosse reduzida e Jim pôde ir para casa. Aquilo foi um presente para ele.

Ela contratou um detetive que, depois de algum tempo, descobriu que a suposta vítima vivia num país vizinho.

Ela decidira sair de casa e abandonar o marido para começar uma nova vida, com outra pessoa.

Depois de muita insistência, meses de trabalho, conseguiram que a mulher retornasse e se mostrasse à polícia, provando que estava viva.

Jim estava livre da acusação. Hoje, ele vive com sua mulher e três filhos. Tem uma fazenda e dirige sua própria fábrica.

Mas nunca vai esquecer aquela amizade especial com Victoria.

Comenta ele: “se aquela doce senhora não falasse de mim para sua sobrinha como o fez, é bem possível que eu estivesse apodrecendo na prisão, pelo resto da minha vida. Devo minha vida àquela mulher.”

No entanto, bárbara tem uma versão diferente: “ele merecia minha ajuda. Ele salvou a vida de alguém que nem conhecia, mesmo não estando em serviço naquela hora. Esse tipo de amor pela humanidade não fica sem recompensa.”
***
Faça o bem, sem nunca aguardar recompensa. Mas guarde a certeza que os benefícios lhe chegarão, de alguma forma, neste mundo ou no outro.

Isto porque à toda ação corresponde uma reação. E o bem somente gera bem maior.
Equipe de Redação do Momento Espírita com base no cap. Heróis também precisam de heróis, do livro Triunfos do coração, de autoria de Chris Benghue, ed. Butterfly.

Um Gesto de Bondade

Costuma-se ouvir pessoas reclamarem da ingratidão com que são recompensados seus gestos de bondade. É possível até se escutar promessas veementes de que jamais tornarão a ajudar a quem quer que seja, pois não vale a pena.
Para um repórter de um jornal inglês uma ação bondosa lhe valeu a vida.
Enviado para a África do Sul como correspondente, ele chegou até Moçambique, uma terra devastada, por décadas, pela guerra e pela fome.
Ele crescera na África e costumava andar por todos os lugares, junto com sua mãe. Médica devotada, ela priorizava a questão da vacinação e percorria vales e montanhas, para todos imunizar.
Ele sabia que os rebeldes moçambicanos tinham bases em Malauí, mas também sabia que os jornalistas estrangeiros não eram bem-vindos.
Ávido pelas notícias, contudo, aventurou-se, até ser preso por seis homens com cartucheiras, granadas e lança-bombas.
Resolveram levá-lo como prisioneiro até sua base de operações.
Pelo caminho, passando pelas aldeias, ele era apresentado como um troféu e, embora não entendesse o que falavam, uma mistura de dialetos, podia perceber que a sua captura era dramatizada.
Era um espião. Estava armado. Resistira. Por vezes, davam-lhe chutes e tapas.
Após dois dias de caminhada rude e maus tratos, finalmente o grupo chegou à base e ele foi apresentado ao comandante do campo.
Vestido a caráter, ouvia o relato com atenção, alimentando-se bem, enquanto ao pobre aprisionado não foi permitido nem sentar-se.
Em dado momento, o jornalista pôde ouvir que eles passaram a usar o dialeto Chindau. Este ele conhecia de seu tempo de criança, quando de suas andanças com sua mãe pelas aldeias.
Prestou atenção e, então, hesitante, saudou o comandante com o que pode se lembrar do dialeto Chindau. O comandante ficou admirado. Como ele conhecia aquela língua?
- Cresci aqui - falou o prisioneiro.
Dizendo o nome de sua família, viu repentinamente o semblante duro daquele chefe se transformar.
Sua mãe era médica? Perguntou ele. Então foi ela que me vacinou. E, erguendo a manga da camisa, mostrou a cicatriz da vacina.
E você, continuou, você é o garoto que nos dava um torrão de açúcar, com remédio. Ficava insistindo para que colocássemos a língua para fora e punha açúcar nas nossas bocas.
Graças a isso, eu cresci forte!
Tudo mudou em questão de minutos. De refém passou a hóspede de honra. Pôde sentar-se, alimentar-se, refrescar-se com um pano úmido.
No dia seguinte, foi levado de volta com todo cuidado e atenção. Os raptores dos dias anteriores, transformados em zelosos guarda-costas agora, até tiraram foto com ele. O jornalista guardou a foto, certo de que uma boa ação permanece sempre viva, apesar das distâncias e do tempo.
***

A bondade é luz que se espalha na noite das desesperanças. Acendamos as luzes da bondade onde se estenda a escuridão e convertamos os nossos braços em traves de misericórdia, silenciando a eventual ingratidão que venhamos a receber.
Os ingratos necessitam redobrados atos de bondade para serem sensibilizados, pois a ingratidão é enfermidade da alma.

(Equipe de Redação do Momento Espírita, baseado na revista Seleções do Reader’s Digest, jan/99 - A recompensa de uma boa ação)

A Flor da Honestidade

Conta-se que por volta do ano 250 a.c, na China antiga, um príncipe da região norte do país, estava às vésperas de ser coroado imperador, mas, de acordo com a lei, ele deveria se casar.
Sabendo disso, ele resolveu fazer uma "disputa" entre as moças da corte ou quem quer que se achasse digna de sua proposta. No dia seguinte, o príncipe anunciou que receberia, numa celebração especial, todas as pretendentes e lançaria um desafio.
Uma velha senhora, serva do palácio há muitos anos, ouvindo os comentários sobre os preparativos, sentiu uma leve tristeza, pois sabia que sua jovem filha nutria um sentimento de profundo amor pelo príncipe.
Ao chegar em casa e relatar o fato à jovem, espantou-se ao saber que ela pretendia ir à celebração, e indagou incrédula:
- Minha filha, o que você fará lá? Estarão presentes todas as mais belas e ricas moças da corte.
Tire esta idéia insensata da cabeça, eu sei que você deve estar sofrendo, mas não torne o sofrimento uma loucura.
E a filha respondeu:
- Não, querida mãe, não estou sofrendo e muito menos louca, eu sei que jamais poderei ser a escolhida, mas é minha oportunidade de ficar pelo menos alguns momentos perto do príncipe, isto já me torna feliz.
À noite, a jovem chegou ao palácio. Lá estavam, de fato, todas as mais belas moças, com as mais belas roupas, com as mais belas jóias e com as mais determinadas intenções. Então, finalmente, o príncipe anunciou o desafio:
- Darei a cada uma de vocês, uma semente. Aquela que, dentro de seis meses, me trouxer a mais bela flor, será escolhida minha esposa e futura imperatriz da china.
A proposta do príncipe não fugiu às profundas tradições daquele povo, que valorizava muito a especialidade de "cultivar" algo, sejam costumes, amizades, relacionamentos etc...
O tempo passou e a doce jovem, como não tinha muita habilidade nas artes da jardinagem, cuidava com muita paciência e ternura a sua semente, pois sabia que se a beleza da flor surgisse na mesma extensão de seu amor, ela não precisava se preocupar com o resultado.
Passaram-se três meses e nada surgiu. A jovem tudo tentara, usara de todos os métodos que conhecia, mas nada havia nascido. Dia após dia ela percebia cada vez mais longe o seu sonho, mas cada vez mais profundo o seu amor.
Por fim, os seis meses haviam passado e nada havia brotado. Consciente do seu esforço e dedicação a moça comunicou a sua mãe que, independente das circunstâncias retornaria ao palácio, na data e hora combinadas, pois não pretendia nada além de mais alguns momentos na companhia do príncipe.
Na hora marcada estava lá, com seu vaso vazio, bem como todas as outras pretendentes, cada uma com uma flor mais bela do que a outra, das mais variadas formas e cores.
Ela estava admirada, nunca havia presenciado tão bela cena.
Finalmente chega o momento esperado e o príncipe observa cada uma das pretendentes com muito cuidado e atenção. Após passar por todas, uma a uma, ele anuncia o resultado e indica a bela jovem como sua futura esposa.
As pessoas presentes tiveram as mais inesperadas reações. Ninguém compreendeu porque ele havia escolhido justamente aquela que nada havia cultivado. Então, calmamente o príncipe esclareceu:
- Esta foi a única que cultivou a flor que a tornou digna de se tornar uma imperatriz. A flor da honestidade, pois todas as sementes que entreguei eram estéreis.
***
A honestidade é como uma flor tecida em fios de luz, que ilumina quem a cultiva e espalha claridade ao redor.

(Baseado em texto de autor desconhecido)

Esopo e a Língua

Esopo era um escravo de rara inteligência que servia à casa de um conhecido chefe militar da antiga Grécia.
Certo dia, em que seu patrão conversava com outro companheiro sobre os males e as virtudes do mundo, Esopo foi chamado a dar sua opinião sobre o assunto, ao que respondeu seguramente:
- Tenho a mais absoluta certeza de que a maior virtude da Terra está à venda no mercado.
- Como? Perguntou o amo surpreso. Tens certeza do que está falando? Como podes afirmar tal coisa?
- Não só afirmo, como, se meu amo permitir, irei até lá e trarei a maior virtude da Terra.
Com a devida autorização do amo, saiu Esopo e, dali a alguns minutos voltou carregando um pequeno embrulho.
Ao abrir o pacote, o velho chefe encontrou vários pedaços de língua, e, enfurecido, deu ao escravo uma chance para explicar-se.
- Meu amo, não vos enganei, retrucou Esopo.
- A língua é, realmente, a maior das virtudes. Com ela podemos consolar, ensinar, esclarecer, aliviar e conduzir.
- Pela língua os ensinos dos filósofos são divulgados, os conceitos religiosos são espalhados, as obras dos poetas se tornam conhecidas de todos.
- Acaso podeis negar essas verdades, meu amo?
- Boa, meu caro, retrucou o amigo do amo. Já que és desembaraçado, que tal trazer-me agora o pior vício do mundo.
- É perfeitamente possível, senhor, e com nova autorização de meu amo, irei novamente ao mercado e de lá trarei o pior vício de toda terra.
Concedida a permissão, Esopo saiu novamente e dali a minutos voltava com outro pacote semelhante ao primeiro.
Ao abri-lo, os amigos encontraram novamente pedaços de língua. Desapontados, interrogaram o escravo e obtiveram dele surpreendente resposta:
- Por que vos admirais de minha escolha?
- Do mesmo modo que a língua, bem utilizada, se converte numa sublime virtude, quando relegada a planos inferiores se transforma no pior dos vícios.
- Através dela tecem-se as intrigas e as violências verbais. Através dela, as verdades mais santas, por ela mesma ensinadas, podem ser corrompidas e apresentadas como anedotas vulgares e sem sentido.
- Através da língua, estabelecem-se as discussões infrutíferas, os desentendimentos prolongados e as confusões populares que levam ao desequilíbrio social.
- Acaso podeis refutar o que digo? Indagou Esopo.
Impressionados com a inteligência invulgar do serviçal, ambos os senhores calaram-se, comovidos, e o velho chefe, no mesmo instante, reconhecendo o disparate que era ter um homem tão sábio como escravo, deu-lhe a liberdade.
Esopo aceitou a libertação e tornou-se, mais tarde, um contador de fábulas muito conhecido da antigüidade e cujas histórias até hoje se espalham por todo mundo.
***
Clareia e adoça tua palavra, para que o teu verbo não acuse nem fira, ainda mesmo na hora da consagração da verdade.
Fala pouco. Pensa muito.
Sobretudo, faze o bem. A palavra sem ação, não esclarece a ninguém.

Equipe de Redação do Momento Espírita com base em fábula de Esopo.

Honestidade Incondicional

A educação informal acontece no lar, nas situações mais inesperadas. Sábios são os pais que delas tiram o melhor proveito.
Mildred era uma garotinha, quando o mundo mergulhou na primeira grande guerra.
Seu pai havia construído um imenso apiário, que era a maior fonte de renda da família.
Todo apicultor sabe que uma colméia pode morrer de fome durante o inverno, se a sua provisão de mel não durar até o florescimento das plantas.
Por isso, constitui rotina que ele ajude as abelhas, nos meses de frio, alimentando-as com um xarope feito de água e açúcar.
No período da primeira guerra mundial, vários alimentos ficaram escassos. E um deles foi o açúcar, que foi racionado pelo governo.
O pai de Mildred, como apicultor, recebia uma cota extra de açúcar, especialmente para as abelhas. E tal ração passou a ser criteriosamente guardada no porão da casa, separada da cota familiar.
Certo dia, a família recebeu a notícia de que parentes distantes viriam para uma visita, no dia seguinte.
A mãe desejava fazer um bolo, mas não havia açúcar suficiente. As crianças queriam o doce, mais que tudo, e acabaram por convencer a mãe que, se ela apanhasse a medida necessária do barril das abelhas, o governo jamais ficaria sabendo.
E assim foi feito. O bolo amarelo, assado no forno à lenha, ficou maravilhoso. Principalmente depois de coberto artisticamente com merengue.
Todos se deliciaram. As crianças estavam exultantes, como se tivessem ganhado um grande prêmio.
Pouco depois, chegou o dia da família receber a sua ração mensal de açúcar. O pai foi ao armazém, entregou os seus cupons e trouxe para casa um saquinho marrom, que colocou sobre a mesa.
A mãe o olhou por alguns instantes. Pegou-o e com o mesmo medidor que usara para o açúcar do bolo, separou exatamente a quantidade que utilizara.
Então, ante o olhar estarrecido das crianças, que a acompanharam, ela se dirigiu ao portão e despejou a quantia no barril das abelhas.
O que sobrou no saquinho teve que ser muito economizado naquele mês, por aquela família de sete pessoas. Para Mildred, que adorava doces, foi uma lição extra de sobriedade.
No entanto, a mãe não fez o menor discurso sobre o acontecido. Nada disse sobre honestidade.
Para ela, aquele fora um ato natural, de acordo com a integridade com a qual seu marido e ela viveram as suas vidas.
Mildred já passou dos 90 anos de idade. Há muito deixou de ser aquela criancinha que olhava por cima da mesa da cozinha da mãe, na pontinha dos pés.
Ela confessa que contou a história sobre a honestidade incondicional de sua mãe inúmeras vezes, para seus filhos, seus netos e até mesmo para os bisnetos.
Compara sua mãe a uma abelha que traça uma reta, quando se encaminha para sua colméia, após os seus vôos em busca do néctar.
Sua mãe, diz ela, sempre tomava o caminho mais honesto, uma linha reta, precisa como uma flecha.
E foi por isso que moldou, sem alardes, a consciência de quatro gerações de uma mesma família.
***
O coração da mãe é a sala de aula de uma criança.
As lições mais profundas nascem dos momentos preciosos de dificuldades, quando é preciso ofertar o ensino, com ampla visão de quem semeia para o futuro.

Equipe de Redação do Momento Espírita, com base no cap. Uma doce lição de Mildred Bonzo, do livro Histórias para aquecer o coração das mães, de Jack Canfield, Mark Victor Hansen, Jennifer Read Hawthorne e Marci Shimoff, ed. Sextante.

A Honestidade Não Tem Preço

A história é comovente. Fala de uma honestidade a toda prova, contada por Vladimir Petrov, jovem prisioneiro de um campo de concentração no Nordeste da Sibéria.
Vladimir tinha um companheiro de prisão chamado Andrey.
Ambos sabiam que daquele lugar poucos saíam com vida, pois o alimento que se dava aos prisioneiros políticos não tinha por objetivo mantê-los vivos por muito tempo.
A taxa de mortalidade era extremamente alta, graças ao regime de fome e aos trabalhos forçados. E como é natural, os prisioneiros, em sua maioria, roubavam tudo quanto lhes caía nas mãos.
Vladimir tinha, numa pequena caixa, alguns biscoitos, um pouco de manteiga e açúcar – coisas que sua mãe lhe havia mandado clandestinamente, de quase três mil quilômetros de distância.
Guardava aqueles alimentos para quando a fome se tornasse insuportável. E como a caixa não tinha chave, ele a levava sempre consigo.
Certo dia, Vladimir foi despachado para um trabalho temporário em outro campo. E porque não sabia o que fazer com a caixa, Andrey lhe disse: “Deixe-a comigo, que eu a guardo. Pode estar certo de que ficará a salvo comigo.”
No dia seguinte à sua partida, uma tempestade de neve, que durou três dias, tornou intransitáveis todos os caminhos, impossibilitando o transporte de provisões.
Vladimir sabia que no campo de concentração em que ficara Andrey, as coisas deviam andar muito mal.
Só dez dias depois os caminhos foram reabertos e Vladimir retornou ao campo.
Chegou à noite, quando todos já haviam voltado do trabalho, mas não viu Andrey entre os demais.
Dirigiu-se ao capataz e lhe perguntou:
“Onde está Andrey?”
“Enterrado numa cova enorme junto com outros tantos prisioneiros.” - respondeu ele. “Mas antes de morrer pediu-me que guardasse isto para você.”
Vladimir sentiu um forte aperto no coração.
“Nem minha manteiga, nem os biscoitos puderam salvá-lo.” - pensou.
Abriu a caixa e, dentro dela, ao lado dos alimentos intactos, encontrou um bilhete dizendo:
"Prezado Vladimir. Escrevo enquanto ainda posso mexer a mão. Não sei se viverei até você voltar, porque estou horrivelmente debilitado. Se eu morrer, avise a minha mulher e meus filhos. Você sabe o endereço.
Deixo as suas coisas com o capataz. Espero que as receba intactas.
Andrey.”

* * *

Ser honesto é dever que cabe a toda criatura que tem por meta a felicidade.
E a fidelidade é uma das virtudes que liberta o ser e o eleva na direção da luz.
Uma amizade sólida e duradoura só se constrói com fidelidade e honestidade recíprocas.
Somente as pessoas honestas e fiéis possuem a grandeza d’alma dos que já se contam entre os espíritos verdadeiramente livres.

Texto da Redação do Momento Espírita, com base em artigo da Revista Seleções do Reader’s Digest de janeiro de 1950

O Chefe Ideal

O relacionamento entre patrões e empregados é algo considerado nevrálgico. De um lado, os patrões apontam falhas em seus empregados, que vão desde o desinteresse pelas tarefas a executar à desonestidade.

Do outro lado, os empregados reclamam de patrões excessivamente rigorosos, exigentes, desagradáveis.

Há pouco tempo, uma pesquisa realizada por um grupo especializado em consultoria empresarial, em nosso país, mostrou, que 29% dos executivos e gerentes consideram o relacionamento com o seu superior o principal motivo de satisfação no trabalho.

Mais do que isso: 60% dos funcionários se declararam propensos a deixar de aceitar convites de outras empresas, para permanecer ao lado do chefe. E isso até mesmo em situações em que a oferta salarial é maior.

A razão dessa mudança no relacionamento entre chefia e subordinados está no aparecimento de um novo padrão de chefe.

Um padrão que inclui ser o chefe uma pessoa que sabe dividir os seus conhecimentos. Não é alguém que se acredite superior a todos, dono da verdade. Ao contrário, passa sua experiência, sua sabedoria aos subordinados, num incentivo a que cresçam.

Por ser um líder autêntico, não teme ser substituído e compartilha de tudo que sabe com aqueles pelos quais guarda a responsabilidade da condução e orientação.

É também uma pessoa correta e honesta que aponta os erros aos funcionários e lhes explica a forma correta de fazer. Não retira a tarefa de quem errou, ao contrário, pede que ele refaça a atividade, sob sua supervisão e orientação diretas.

Esse líder sabe fazer críticas, mas também faz elogios, atento a que todos necessitam de estímulos para melhor exercer as suas atividades. Por conhecer o seu pessoal, incentiva a equipe a desenvolver o seu potencial, estabelecendo metas e sugerindo estratégias. Aceita sugestões, abrindo espaços ao diálogo franco e aberto. Permite que todas as idéias sejam colocadas na mesa e, com calma, analisa uma a uma com o grupo.

O chefe ideal é, assim, um líder que sabe trabalhar em equipe, valorizando a todos e a cada um.
Por isso, para o empregado, estar subordinado a uma chefia com essas qualidades é agradável.
***
De todos os líderes, o maior com certeza foi o senhor Jesus. Escolheu seus colaboradores diretos entre as camadas simples do povo, dando especial atenção às qualidades de cada um.

Exemplificou o que esperava do grupo, trabalhando com entusiasmo e alegria. Não se cansava de ensinar, explicar, utilizando a linguagem do entendimento geral a fim de se fazer bem compreendido.

Quando as discussões aconteciam no grupo evitava tomar parte, guardando neutralidade, mas registrando em seguida as decisões daquele punhado de homens que nele reconheciam a superioridade em todos os sentidos.
Finalmente, antes da morte, convocou-os para o serviço especial na sua seara, levando em consideração os seus gostos, os seus interesses e as suas aptidões pessoais. Por isso, os nomeou pescadores de almas, habituados que estavam ao trabalho com redes, barcos e peixes.

Fontes: Revista Veja de 19.7.2000 – Eu adoro o meu chefe! Apostila do DIJ da USEERJ – Liderança e autoconhecimento.

O bem mais precioso

Conta o folclore europeu que há muitos anos atrás um rapaz e uma moça apaixonados resolveram se casar.

Dinheiro eles quase não tinham, mas nenhum deles ligava para isso.

A confiança mútua era a esperança de um belo futuro, desde que tivessem um ao outro.

Assim, marcaram a data para se unir em corpo e alma.

Antes do casamento, porém, a moça fez um pedido ao noivo:

- Não posso nem imaginar que um dia possamos nos separar. Mas pode ser que com o tempo um se canse do outro, ou que você se aborreça e me mande de volta para meus pais.

- Quero que você me prometa que, se algum dia isso acontecer, me deixará levar comigo o bem mais precioso que eu tiver então.

O noivo riu, achando bobagem o que ela dizia, mas a moça não ficou satisfeita enquanto ele não fez a promessa por escrito e assinou.

Casaram-se.

Decididos a melhorar de vida ambos trabalharam muito e foram recompensados.

Cada novo sucesso os fazia mais determinados a sair da pobreza, e trabalhavam ainda mais.

E tempo passou e o casal prosperou. Conquistaram uma situação estável e cada vez mais confortável, e finalmente ficaram ricos.

Mudaram-se para uma ampla casa, fizeram novos amigos e se cercaram dos prazeres da riqueza.

Mas, dedicados em tempo integral aos negócios e aos compromissos sociais, pensavam mais nas coisas do que um no outro.

Discutiam sobre o que comprar, quanto gastar, como aumentar o patrimônio, mas estavam cada vez mais distanciados entre si.

Certo dia, enquanto preparavam uma festa para amigos importantes, discutiram sobre uma bobagem qualquer e começaram a levantar a voz, a gritar, e chegaram às inevitáveis acusações.

- Você não liga para mim! - gritou o marido - só pensa em você, em roupas e jóias.

- Pegue o que achar mais precioso, como prometi, e volte para a casa dos seus pais. Não há motivo para continuarmos juntos.

A mulher empalideceu e encarou-o com um olhar magoado, como se acabasse de descobrir uma coisa nunca suspeitada.

- Muito bem, disse ela baixinho. Quero mesmo ir embora. Mas vamos ficar juntos esta noite para receber os amigos que já foram convidados. Ele concordou.

A noite chegou. Começou a festa, com todo o luxo e a fartura que a riqueza permitia.

Alta madrugada o marido adormeceu, exausto. Ela então fez com que o levassem com cuidado para a casa dos pais dela e o pusessem na cama.

Quando ele acordou, na manhã seguinte, não entendeu o que tinha acontecido. Não sabia onde estava e, quando sentou-se na cama para olhar em volta, a mulher aproximou-se e disse-lhe com carinho:

- Querido marido, você prometeu que se algum dia me mandasse embora eu poderia levar comigo o bem mais precioso que tivesse no momento.

- Pois bem, você é e sempre será o meu bem mais precioso. Quero você mais que tudo na vida, e nem a morte poderá nos separar.

Envolveram-se num abraço de ternura e voltaram para casa mais apaixonados do que nunca.
***
O egoísmo, muitas vezes, nos turva a visão e nos faz ver as coisas de forma distorcida.
Faz-nos esquecer os verdadeiros valores da vida e buscar coisas que têm valor relativo e passageiro.

Importante que, no dia-a-dia, façamos uma análise e coloquemos na balança os nossos bens mais preciosos e passemos a dar-lhes o devido valor.

(Baseado na história "O bem mais precioso", do Livro das Virtudes II, pág. 460.)