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sábado, 28 de junho de 2008

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Li Cunxin - O Último Bailarino de Mao

SAINDO DO POÇO
Narra uma lenda chinesa que no fundo de um poço pequeno, mas muito fundo, vivia um sapo.
O que ele sabia do mundo era o poço e o pedaço de céu que conseguia ver pela abertura, bem no alto.
Certo dia, um outro sapo se abeirou da boca do poço.
Por que não desce e vem brincar comigo? É divertido aqui. – Convidou o sapo lá embaixo.
O que tem aí? – perguntou o de cima.
Tudo: água, correntes subterrâneas, estrelas, a luz e até objetos voadores que vêm do céu.
O sapo da terra suspirou.
Amigo, você não sabe nada. Você não tem idéia do que é o mundo.
O sapo do poço não gostou daquela observação.
Quer dizer que existe um mundo maior do que o meu? Aqui vemos, sentimos e temos tudo o que existe no mundo.

Aí é que você se engana, falou o outro. Você só está vendo o mundo a partir da abertura do poço. O mundo aqui fora é enorme.
O sapo do poço ficou muito chateado e foi perguntar a seu pai se aquilo era verdade.
Haveria um mundo maior lá em cima?
O pai confirmou: Sim, havia um outro mundo, com muito mais estrelas do que se podia ver dali debaixo.
Por que nunca me disse? – perguntou o sapinho, desapontado.
Para quê? O seu destino é aqui embaixo, neste poço. Não há como sair.
Eu posso! Eu consigo sair! – falou o sapinho.
E pulou, saltou, se esforçou. O poço era muito fundo, a terra longe demais e ele foi se cansando.
Não adianta, filho. – tornou o pai a dizer. Eu tentei a vida toda. Seus avós fizeram o mesmo. Esqueça o mundo lá em cima. Contente-se com o que tem ou vai viver sempre infeliz.
Quero sair! Quero ver o mundo lá fora! – chorava o filhote.
E passou o resto da vida tentando escapar do poço escuro e frio. O grande mundo lá em cima era o seu sonho.

* * *
Um pobre camponês de apenas 8 anos de idade não se cansava de ouvir esta lenda dos lábios de seu pai.
Vivendo a época da revolução cultural na China de Mao Tsé Tung, o menino passava fome, frio e toda sorte de privações.
Pai, estamos em um poço? – perguntava.
Depende do ponto de vista. – respondia o pai.
Mais de uma vez o garoto se sentia como o sapo no poço, sem saída.
Mas ele enviava mensagens aos Espíritos. Pedia vida longa e felicidade para sua mãe.
Pedia pela saúde de seu pai mas, mais que tudo, ele pedia para sair do poço escuro e profundo.
Ele sonhava com coisas lindas que não possuía. Pedia comida para sua família.
Pedia que o tirassem do poço para que ele pudesse ajudar seus pais e irmãos.
Ele pedia, e sonhava, e deixava sua imaginação levá-lo para bem longe.
Um dia, a possibilidade mais remota mudou de modo total o curso da sua vida.
Ele foi escolhido entre centenas de camponeses e foi fazer parte de algumas das maiores companhias de balé do Mundo.
Um dia, ele se tornaria amigo do Presidente e da Primeira-dama, de astros do cinema e das pessoas mais influentes dos Estados Unidos.
Seria uma estrela: o último bailarino de Mao Tsé Tung.
Li Cunxin saiu do poço.

* * *

Nunca deixe de sonhar! Nunca abandone seus ideais. Mantenha aquecido o seu coração e vivas as suas esperanças.
O amanhã é sempre um dia a ser conquistado!
Pense nisso!

Redação do Momento Espírita com base no cap. 3 do livro Adeus, China – O último bailarino de Mao, de Li Cunxin, ed. Fundamento. Em 26.05.2008.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

A Dor de uma Perda

A importância de quem realmente se preocupa com o próximo, seja ele racional ou irracional.

A Dor de uma Perda

Aconteceu numa praça, no Japão.
Não se sabe como o pássaro morreu.
Ele estava ali no asfalto, inerte, sem vida.
Seria um fato corriqueiro, mas o fotógrafo fez a grande diferença.


A Solidariedade


Segundo o relato do fotógrafo, uma outra ave permanecia próxima àquele corpo sem vida e ficara ali durante horas. Chamando pelo companheiro, ela pulava de galho em galho, sem temer os que se aproximavam, inclusive sem temer ao fotógrafo que se colocava bem próximo.


A Solicitação


Ela cantou num tom triste. Ela voou até o corpinho inerte, posou como querendo levantá-lo e alçou vôo até um jardim próximo. O fotógrafo entendeu o que ela pedia e, assim, foi até o meio da rua, retirou a ave morta e a colocou no canteiro indicado.

Só então a ave solidária levantou vôo e, atrás dela, todo o bando.



A Despedida.

As fotos traduzem a seqüência dos fatos e a beleza de sentimentos no reino animal.


Uma Questão de Amor e Carinho.


Segundo o relato de testemunhas, dezenas de aves, antes de partirem, sobrevoaram o corpinho do companheiro morto. As fotos mostram quanta verdade existiu naquele momento de dor e respeito.


Um grito de dor e lamento


Aquela ave que fez toda a cerimônia de despedida, quando o bando já ia alto, inesperadamente voltou ao corpo inerte no chão e, num grito de não aceitação da morte, tenta novamente chamar o companheiro à vida. Desesperada, mas com amor e carinho, ela se despede do companheiro, revelando o seu sentimento de dor.


Fica a pergunta:
Serão os animais realmente os irracionais?

Colaboração da amiga Andréa Michalichem Sonda.