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sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Solidariedade de um João-de-Barro

Um chupim ficou preso num poste de energia elétrica e, enquanto aguardavam por socorro, um João-de-Barro deu um grande exemplo de solidariedade ao alimentar o chupim que estava ferido.
Apesar dos esforços, o chupim não sobreviveu, mas valeu a lição.




quarta-feira, 31 de outubro de 2007

A Ilusão do Reflexo

Conta-se que um pai deu a sua filha um colar de diamantes de alto preço.

Misteriosamente, alguns dias depois o colar desapareceu. Falou-se que poderia ter sido furtado.

Outros afirmaram que talvez um pássaro tivesse sido atraído pelo seu brilho e o levado embora.

Fosse como fosse, o pai desejava ter o colar de volta e ofereceu uma grande recompensa a quem o devolvesse: R$ 50.000,00.

A notícia se espalhou e, naturalmente, todos passaram a desejar encontrar o tal colar.

Um rapaz que passava por um lago, próximo a uma área industrial, viu um brilho no lago.

Colocou a mão para proteger os olhos do sol e certificou-se: era o colar.

O lago, entretanto, era muito sujo, poluído, e cheirava mal.

O rapaz pensou na recompensa. Vencendo o nojo, colocou a mão no lago, tentando apanhar a jóia.

Pareceu pegá-la, mas sentiu escapulir das suas mãos. Tentou outra vez. Outra mais. Sem sucesso.

Resolveu entrar no lago. Emporcalhou toda sua calça e mergulhou o braço inteiro no lago.

Ainda sem sucesso. O colar estava ali. Mas ele não conseguia agarrá-lo. Toda vez que mergulhava o braço, ele parecia sumir.

Saiu do lago e estava desistindo, quando o brilho do colar o atraiu outra vez.

Decidiu mergulhar de corpo inteiro. Ficou imundo, cheirando mal. E ainda nada conseguiu.

Deprimido por não conseguir apanhar o colar e conseqüentemente, a recompensa polpuda, estava se retirando, quando um velho passou por ali.

O que está fazendo, meu rapaz?

O moço desconfiou dele e não quis dizer qual o seu objetivo. Afinal, aquele homem poderia conseguir apanhar o colar e ficar com o dinheiro da recompensa.

O velho tornou a perguntar, e prometeu não contar a ninguém.

Considerando que não conseguia mesmo apanhar o colar, cansado, irritado pelo fracasso, o rapaz falou do seu objetivo frustrado.

Um largo sorriso desenhou-se no rosto do interlocutor.

Seria interessante, falou em seguida, que você olhasse para cima, em vez de somente para dentro do lago.

Surpreso, o moço fez o recomendado. E lá, entre os galhos da árvore, estava o colar brilhando ao sol.

O que o rapaz via no lago era o reflexo dele.

A felicidade material se assemelha ao reflexo do colar no lago imundo.

Na conquista de posses efêmeras, quase sempre mergulhamos no lodo das paixões inconseqüentes.

A verdadeira felicidade, no entanto, não está nas posses materiais, nem no gozo dos prazeres.

Ela reside na intimidade do ser. Nada ruim em se desejar e batalhar por uma casa melhor, um bom carro, roupas adequadas às estações, uma refeição deliciosa.

Nada ruim em desejar termos coisas. A forma como as conquistamos é que fará a grande diferença.

Se para as conseguir, necessitamos entrar no lodaçal da corrupção, da mentira, da indignidade, somente sairemos enlameados, e infelizes.

Esse tipo de felicidade é como o reflexo do colar na água: pura ilusão.

Somente existe verdadeira felicidade nas conquistas que a honra dignifica, que a consciência não nos acusa.

Pensemos nisso. E, antes de sairmos à cata desesperada de valores materiais expressivos, analisemos o que necessitamos dar em troca.

Porque nada vale que mereça sacrificar a honra, a dignidade pessoal, a auto-estima, a vida espiritual.

Tudo é passageiro na Terra. Lembre disso.

Redação do Momento Espírita com base em conto de autoria desconhecida.

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

A Pena de Pavão

Conta uma lenda árabe que um nômade do deserto resolveu, certo dia, mudar de oásis.

Reuniu todos os utensílios que possuía e de modo ordenado, foi colocando-os sobre o seu único camelo.

O animal era forte e paciente. Sem se perturbar, foi suportando o peso dos tapetes de predileção do seu dono.

Depois, foram colocados sobre ele os quadros de paisagens árabes, maravilhosamente pintados.

Na seqüência, foram acomodados os objetos de cozinha, de vários tamanhos.

Finalmente, vários baús cheios de quinquilharias. Nada podia ser dispensado. Tudo era importante.

Tudo fazia parte da vida daquele nômade, que desejava montar o novo lar, em outras paragens, de igual forma que ali o tinha.

O animal agüentou firme, sem mostrar revolta alguma com o peso excessivo que lhe impunha o dono.

Depois de algum tempo, o camelo estava abarrotado. Mas continuava de pé.

O beduíno se preparava para partir, quando se recordou de um detalhe importante: uma pena de pavão.

Ele a utilizava como caneta para escrever cartas aos amigos, preenchendo a sua solidão, no deserto.

Com cuidado, foi buscar a pena e encontrou um lugarzinho todo especial, para colocá-la em cima do camelo.

Logo que fez isso, o animal arriou com o peso e morreu. O homem ficou muito zangado e exclamou:

“Que animal mole! Não agüentou uma simples pena de pavão!”

Por vezes, agimos como o nômade da história. Não é raro o trabalhador perder o emprego e reclamar: “Fui mandado embora, só porque cheguei atrasado 10 minutos.”

Ele se esquece de dizer que quase todos os dias chega atrasado 10 minutos.

Outro diz: “Minha mulher é muito intolerante. Brigou comigo só porque cheguei um pouquinho embriagado, depois da festinha com os amigos.”

A realidade é que ele costuma chegar muitas vezes embriagado, tornando-se inconveniente e até agressivo.

Há pessoas que vivem a pedir emprestado dinheiro, livros, roupa para ir a uma festa, uma lista infindável.

E ficam chateadas quando recebem um não da pessoa que já cansou de viver a emprestar!

Costuma-se dizer que é a gota d’água que faz transbordar a taça. Em verdade, todo ser humano tem seu limite.

Quando o limite é ultrapassado, fica difícil o relacionamento entre as pessoas.

No trato familiar, são as pequenas faltas, quase imperceptíveis, que se vão acumulando, dia após dia.

É então que sucumbem relacionamentos conjugais, acabam casamentos que pareciam duradouros.

Amizades de longos anos deterioram. Empregos são perdidos, sociedades são desfeitas.

Tudo se deve ao excesso de reclamações diárias, faltas pequenas, mas constantes, pequenos deslizes, sempre repetidos.

Mentiras que parecem sem importância. Todavia, sempre renovadas.

Um dia surge em que a pessoa não suporta mais e toma uma atitude que surpreende a quem não se dera conta de como a sobrecarregara, ao longo das semanas, meses e anos.

* * *

Fique atento em todas as suas atividades diárias.

Não deixe que suas ações prejudiquem a outros, mesmo que de forma leve.

Não descarregue nos outros a sua frustração ou insatisfação.

Preze as amizades. Preserve a harmonia do ambiente familiar.

Seja você, sempre, quem tolere, compreenda e tenha sempre à mão uma boa dose de bom senso.

Redação do Momento Espírita com base no texto
A pena de pavão, de Djalma Santos, extraída do Jornal Laços Fraternos (RJ), março/2004

Luciano Huck

Após ter sorfrido um assalto, Luciano Huck publicou isso. Vale a pena ler.

Pensamentos quase póstumos

LUCIANO HUCK

Pago todos os impostos. E, como resultado, depois do cafezinho, em vez de balas de caramelo, quase recebo balas de chumbo na testa.

LUCIANO HUCK foi assassinado. Manchete do "Jornal Nacional" de ontem. E eu, algumas páginas à frente neste diário, provavelmente no caderno policial. E, quem sabe, uma homenagem póstuma no caderno de cultura. Não veria meu segundo filho. Deixaria órfã uma inocente criança. Uma jovem viúva. Uma família destroçada. Uma multidão bastante triste. Um governador envergonhado. Um presidente em silêncio. Por quê? Por causa de um relógio.
Como brasileiro, tenho até pena dos dois pobres coitados montados naquela moto com um par de capacetes velhos e um 38 bem carregado. Provavelmente não tiveram infância e educação, muito menos oportunidades. O que não justifica ficar tentando matar as pessoas em plena luz do dia. O lugar deles é na cadeia.
Agora, como cidadão paulistano, fico revoltado. Juro que pago todos os meus impostos, uma fortuna. E, como resultado, depois do cafezinho, em vez de balas de caramelo, quase recebo balas de chumbo na testa.
Adoro São Paulo. É a minha cidade. Nasci aqui. As minhas raízes estão aqui. Defendo esta cidade. Mas a situação está ficando indefensável. Passei um dia na cidade nesta semana -moro no Rio por motivos profissionais- e três assaltos passaram por mim. Meu irmão, uma funcionária e eu. Foi-se um relógio que acabara de ganhar da minha esposa em comemoração ao meu aniversário. Todos nos Jardins, com assaltantes armados, de motos e revólveres.
Onde está a polícia? Onde está a "Elite da Tropa"? Quem sabe até a "Tropa de Elite"! Chamem o comandante Nascimento! Está na hora de discutirmos segurança pública de verdade. Tenho certeza de que esse tipo de assalto ao transeunte, ao motorista, não leva mais do que 30 dias para ser extinto.
Dois ladrões a bordo de uma moto, com uma coleção de relógios e pertences alheios na mochila e um par de armas de fogo não se teletransportam da rua Renato Paes de Barros para o infinito.
Passo o dia pensando em como deixar as pessoas mais felizes e como tentar fazer este país mais bacana. TV diverte e a ONG que presido tem um trabalho sério e eficiente em sua missão. Meu prazer passa pelo bem-estar coletivo, não tenho dúvidas disso.
Confesso que já andei de carro blindado, mas aboli. Por filosofia. Concluí que não era isso que queria para a minha cidade. Não queria assumir que estávamos vivendo em Bogotá. Errei na mosca. Bogotá melhorou muito. E nós?
Bem, nós estamos chafurdados na violência urbana e não vejo perspectiva de sairmos do atoleiro. Escrevo este texto não para colocar a revolta de alguém que perdeu o rolex, mas a indignação de alguém que de alguma forma dirigiu sua vida e sua energia para ajudar a construir um cenário mais maduro, mais profissional, mais equilibrado e justo e concluir -com um 38 na testa - que o país está em diversas frentes caminhando nessa direção, mas, de outro lado, continua mergulhado em problemas quase "infantis" para uma sociedade moderna e justa.
De um lado, a pujança do Brasil. Mas, do outro, crianças sendo assassinadas a golpes de estilete na periferia, assaltos a mão armada sendo executados em série nos bairros ricos, corruptos notórios e comprovados mantendo-se no governo. Nem Bogotá é mais aqui.
Onde estão os projetos? Onde estão as políticas públicas de segurança? Onde está a polícia? Quem compra as centenas de relógios roubados? Onde vende? Não acredito que a polícia não saiba. Finge não saber.
Alguém consegue explicar um assassino condenado que passa final de semana em casa!? Qual é a lógica disso? Ou um par de "extraterrestres" fortemente armado desfilando pelos bairros nobres de São Paulo?
Estou à procura de um salvador da pátria. Pensei que poderia ser o Mano Brown, mas, no "Roda Vida" da última segunda-feira, descobri que ele não é nem quer ser o tal. Pensei no comandante Nascimento, mas descobri que, na verdade, "Tropa de Elite" é uma obra de ficção e que aquele na tela é o Wagner Moura, o Olavo da novela. Pensei no presidente, mas não sei no que ele está pensando.
Enfim, pensei, pensei, pensei. Enquanto isso, João Dória Jr. grita:
"Cansei". O Lobão canta: "Peidei".
Pensando, cansado ou peidando, hoje posso dizer que sou parte das estatísticas da violência em São Paulo. E, se você ainda não tem um assalto para chamar de seu, não se preocupe: a sua hora vai chegar.
Desculpem o desabafo, mas, hoje amanheci um cidadão envergonhado de ser paulistano, um brasileiro humilhado por um calibre 38 e um homem que correu o risco de não ver os seus filhos crescerem por causa de um relógio. Isso não está certo.

LUCIANO HUCK, 36, apresentador de TV, comanda o programa "Caldeirão do Huck", na TV Globo. É diretor-presidente do Instituto Criar de TV, Cinema e Novas Mídias.

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Uma Certa Aracy

Eles se conheceram em Hamburgo, na Alemanha, às vésperas da Segunda Guerra Mundial.

Ele, menino pobre, viu na carreira diplomática uma maneira de conhecer o mundo.

Em 1934, prestou o concurso para o Itamaraty e foi ser cônsul adjunto na Alemanha.

Ela, paranaense, foi morar com uma tia na Alemanha, após a sua separação matrimonial.

Por dominar o idioma alemão, o inglês e o francês, fácil lhe foi conseguir uma nomeação para o consulado brasileiro em Hamburgo.

Acabou sendo encarregada da seção de vistos.

No ano de 1938, entrou em vigor, no Brasil, a célebre circular secreta 1.127, que restringia a entrada de judeus no país.

É aí que se revela o coração humanitário de Aracy.

Ela resolveu ignorar a circular que proibia a concessão de vistos a judeus.

Por sua conta e risco, à revelia das ordens do Itamaraty, continuou a preparar os processos de vistos a judeus.

Como despachava com o cônsul geral, ela colocava os vistos entre a papelada para as assinaturas.

Quantas vidas terá salvo das garras nazistas? Quantos descendentes de judeus andarão pelo nosso país, na atualidade, desconhecedores de que devem sua vida a essa extraordinária mulher?

Cônsul adjunto à época, seu futuro segundo marido, João Guimarães Rosa, não era responsável pelos vistos.

Mas sabia o que ela fazia e a apoiava.

Em Israel, no Museu do Holocausto, há uma placa em homenagem a essa excepcional brasileira.

Fica no bosque que tem o nome de Jardim dos justos entre as nações. O nome dela consta da relação de 18 diplomatas que ajudaram a salvar judeus, durante a Segunda Guerra.

Aracy de Carvalho Guimarães Rosa é a única mulher.

Mas seu denodo, sua coragem não pararam aí.

Na vigência do infausto AI 5, já no Brasil, numa reunião de intelectuais e artistas, ela soube que um compositor era procurado pela ditadura militar.

Naquele ano de 1968, ela deu abrigo durante dois meses ao cantor e compositor que conseguiu, sem ser molestado, fugir para país vizinho.

Ela o escondeu no escritório de seu apartamento. Aquele mesmo local onde seu marido, João Guimarães Rosa, escrevera tanta história de coronel e jagunço. Durante todos aqueles dias, o abrigado observava, da janela, a movimentação frenética do exército no quartel do Forte de Copacabana.

Reservada, Aracy enviuvou em 1967 e jamais voltou a se casar. Recusou-se a viver da glória de ter sido a mulher de um dos maiores escritores de todos os tempos.

Em verdade, ela tem suas próprias realizações para celebrar.

Hoje, aos 99 anos, pouco se recorda desse passado, cheio de coragem, aventura, determinação, romance, literatura e solidariedade.

Mas a sua história, os seus feitos merecem ser lidos por todos, ensinados nas escolas.

Nossas crianças, os cidadãos do Brasil necessitam de tais modelos para os dias que vivemos.

Seu marido a imortalizou em sua obra Grande sertão: veredas. Ao publicar a obra, não a dedicou a ela, doou a ela seu livro mais importante.

Aracy desafiou o nazismo, o estado novo de Getúlio Vargas e a ditadura militar dos anos 60.

Uma mulher que merece nossas homenagens. Uma brasileira de valor. Uma verdadeira cidadã do mundo.

Redação do Momento Espírita, com base no artigo Uma certa Aracy, um certo João, de René Daniel Decol, publicado na Revista Gol(de bordo), de agosto 2007.

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

O Naufrágio de Muitos Internautas

Alice estava desnorteada, e encontrando um gato sentado sobre o galho de uma árvore, perguntou-lhe:

O senhor poderia me dizer, por favor, qual o caminho tomar para sair daqui?

Isso depende muito de onde você quer ir... – respondeu o gato com um sorriso enigmático de orelha a orelha.

Não me importa muito para onde... – afirmou Alice.

O felino sentenciou: - Então não importa o caminho que você escolher. Para quem não sabe para onde ir, qualquer caminho serve.

Nestes tempos de informações abundantes, de possibilidades infinitas, de tecnologia surpreendente, fazem-se necessários alguns cuidados.

Cada dia fala-se mais e mais, sobre a triunfal entrada da Humanidade na era do conhecimento.

Exalta-se a capacidade humana de estar vivendo, a partir deste momento, um período no qual o conhecimento será a primeira riqueza.

Tudo é fonte para o conhecimento, e a principal delas é a internet. É neste ponto que precisamos ir devagar com as coisas.

Não se deve confundir informação com conhecimento.

A internet, dentre as mídias contemporâneas, é a mais fantástica e estupenda ferramenta para acesso à informação.

No entanto, transformar informação em conhecimento exige, antes de tudo, critérios de escolha e seleção, dado que o conhecimento – ao contrário da informação – não é cumulativo, mas seletivo.

Seria como alguém que entra numa dessas grandes livrarias, sem saber muito bem o que deseja.

Corre o risco de entrar em pânico, tendo a sensação de débito intelectual, sem ter clareza de por onde começar e imaginando que precisa ler tudo aquilo.

Faz-se fundamental o critério, isto é, saber o que se procura, para poder escolher, em função da finalidade que se tenha.

Os computadores e a internet têm um caráter ferramental que não pode ser esquecido.

Ferramenta não tem objetivo em si mesmo. É instrumento para outra coisa, para outro fim.

O critério, o equilíbrio nos permitirão, assim, poder utilizar desse ferramental com sabedoria, na dosagem certa, no momento adequado.

Sem critérios seletivos, muitos ficam sufocados por uma ânsia precária de ler tudo, acessar tudo, ouvir tudo, assistir tudo.

Esquecem-se de se perguntar: Eu quero isso para mim? Eu preciso disso? Para que serve? Aonde desejo ir?

Nos tempos de hoje, se não formos muito cuidadosos, corremos o risco de navegar na internet, e naufragar.

Sêneca, sabiamente, já havia dito, que nenhum vento é a favor, para quem não sabe para onde ir.

* * *

David Hume, afirmava: ”Por conhecimento, entendo a certeza que nasce da comparação de idéias”.

Para que nasça o conhecimento é necessário pensar, comparar, conectar idéias.

Nenhuma informação poderá ser tomada por verdade, por conhecimento, antes de amadurecer dentro da alma humana.

Sabedoria não se transmite. É preciso que nós mesmos a descubramos depois de uma caminhada que ninguém pode fazer em nosso lugar.

Redação do Momento Espírita com base no texto O naufrágio de muitos internautas, do livro Não nascemos prontos– provocações filosóficas, de Mario Sergio Cortella, ed Vozes.

O Pensamento e Nós

Certo dia, ao chegar da escola, o pequeno zeca entrou em casa batendo com força os pés no assoalho.

Seu pai, que saía para o quintal a fim de fazer alguns serviços na horta, ao ver aquilo chamou o menino para uma conversa.

Zeca, de oito anos de idade, aproximou-se do pai um tanto desconfiado.

Porém, antes que seu pai dissesse alguma coisa, o menino falou irritado: "pai estou com muita raiva! O juca não deveria ter feito aquilo comigo!"

- Eu desejo tudo de ruim para ele.

Seu pai, um homem simples mas portador de grande sabedoria, escutou calmamente o filho, que continuava a reclamar:

- O Juca me humilhou na frente dos meus amigos. Eu não aceito isso! Gostaria que ele ficasse doente sem poder ir à escola por muitos dias.

O pai escutava calado o desabafo do filho enquanto caminhava até um abrigo onde costumava guardar algumas coisa de uso doméstico.

Apanhou um saco cheio de carvão e pediu ao menino que o acompanhasse até o fundo do quintal. O menino o seguiu sem entender bem o que estava acontecendo.

O pai abriu o saco e, antes mesmo que Zeca pudesse fazer alguma pergunta, propôs algo: "filho, você está vendo aquela camisa branquinha estendida ali no varal para secar?"

- Sim, respondeu Zeca rapidamente.

- Pois bem, faz de conta que ela é o seu amiguinho Juca, e cada pedaço de carvão é um mau pensamento seu, endereçado a ele.

- Quero que você jogue todo esse carvão naquela camisa, até o último pedaço, como se fosse tiro ao alvo. Quando terminar, avise-me que eu volto para ver como ficou.

O menino achou a brincadeira divertida e pôs mãos à obra. Todavia, o varal com a camisa estava longe e, por esse motivo, poucos pedaços acertavam o alvo.

Após mais ou menos uma hora, o garoto concluiu a tarefa e gritou por seu pai.

O pai, aproximou-se devagar, olhou para a camisa e perguntou:

- E então, filho, como está se sentindo agora?

O filho respondeu prontamente:

- Estou cansado mas feliz porque acertei muitos pedaços de carvão no Juca, quero dizer, na camisa.

O pai olhou para o menino, que ficou sem entender a razão daquela brincadeira, e lhe falou com carinho:

- Venha comigo até meu quarto, quero lhe mostrar uma coisa.

Ambos se dirigiram ao quarto e o menino foi colocado na frente de um grande espelho onde podia ver seu corpo por inteiro.

Que susto! Só se conseguia enxergar seus dentes e seus olhinhos.

Então o pai lhe disse com ternura:

- Filho, você viu que a camisa quase não sujou, mas olhe para você...

- O mal que desejamos aos outros é como o que lhe aconteceu. Por mais que possamos atrapalhar a vida de alguém com nossos maus pensamentos, a borra, os resíduos, a fuligem, ficam sempre em nós mesmos.

Zeca sorriu envergonhado e falou:

- Vou tomar um banho e depois... Lavar uma certa camisa.

Pense nisso!

Quando um pensamento infeliz sai da nossa mente, abre campo para ali se instalarem as enfermidades.

Ao contrário, quando nossos pensamentos são nobres, é como se suave bálsamo penetrasse nossa alma, inundando-a de tranqüilidade e paz.

Pensemos nisso!

(História da revista Allan Kardec nº 34 ano IX)

O Poder da Transformação

O garoto era o encarregado de chegar mais cedo, todos os dias, e acender o carvão no antiquado fogão, a fim de aquecer a sala antes da chegada da professora e dos colegas.

Era uma escola rural e todos os dias, o menino atendia à sua obrigação.

Certa manhã, quando chegaram a professora e os meninos, a escola estava em chamas. O garoto foi retirado, inconsciente do prédio. Mais morto do que vivo.

Toda a parte inferior de seu corpo estava tomada por queimaduras sérias.

De sua cama, pôde ouvir o médico dizendo para sua mãe que ele não tinha chances de viver. Segundo o médico, morrer seria uma bênção para o pequeno, pois o fogo tinha arrasado toda a parte inferior do seu corpo.

Mas o corajoso menino decidiu que iria viver. Tanto lutou que sobreviveu.

Então, outra vez, ele ouviu o mesmo médico dizendo para sua mãe que ele estava condenado a viver como um inválido. Seus membros inferiores estavam inutilizados.

De novo, o garoto tomou uma decisão: ele voltaria a andar, não importa o que custasse.

Infelizmente, da cintura para baixo, ele não tinha controle motor. As suas pernas finas estavam ali penduradas, mas inúteis.

Quando recebeu alta do hospital, sua mãe o levou para casa. Todos os dias massageava as suas pernas. Mas ele não sentia nada.

Nem sensação, nem controle, nada. Contudo, não desistia. Ele queria voltar a andar.

Certo dia, a mãe o colocou na cadeira de rodas, e o levou para o quintal, para tomar sol.

Ele ficou ali, olhando a cerca, a poucos metros. Então, se jogou no chão e se arrastou pela grama, até a cerca.

Com esforço imenso agarrou-se à cerca e se levantou. Começou a se arrastar, estaca após estaca, ao redor do quintal. Estava decidido a andar. Fez isso em todos os outros dias, até ter aplainado um caminho junto à cerca. Ele queria andar. E andaria. Daria vida outra vez àquelas pernas. Por fim, depois de massagens diárias e muita determinação, ele conseguiu a habilidade de ficar de pé, depois dar uns passos, embora vacilantes. Finalmente, caminhar. Depois, correr.

Começou andando até a escola. Depois, decidiu que chegaria correndo. Pelo simples prazer de correr.

Muitos anos depois, na faculdade, ele entrou para a equipe de atletismo.

Mais tarde, esse jovem que ninguém esperava que sobrevivesse, que diziam jamais voltaria a andar, muito menos correr, bateu o recorde mundial de velocidade em uma corrida de uma milha, no Madison Square Garden.

Seu nome: Glenn Cunningham.
***

Determinação tem a ver com vontade. E vontade acionada é certeza de objetivo alcançado.

Para isso, no entanto, se fazem necessários alguns fatores como o real desejo de querer, a persistência na execução do programa que seja estabelecido e o objetivo a alcançar.

Desta forma, se seu objetivo é nobre, persiga-o sem cansaço, guardando a certeza de que o haverá de atingir, em algum momento.

Importante: esqueça frases como não posso. Ou não tenho grande força de vontade quanto gostaria.

Trata-se de querer, trabalhar pela conquista, perseverando até o fim.

Texto da Redação do Momento Espírita com base no cap. O poder da determinação, de Burt Dubin, do livro Histórias para aquecer o coração – Edição de Ouro, de Jack Canfield e Mark Victor Hansen, ed. Sextante e do cap. 4 do livro O despertar do espírito, do Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Os 10 Costumes Mais Bizarros da História

10 – Geishas

Geishas são tradicionais artistas japonesas cuja função é entreter seus clientes. Contrário à crença popular, geishas tradicionais não são prostitutas e não oferecem sexo como um de seus serviços.

Em 1900 havia cerca de 25.000 geishas no Japão. Hoje estima-se que haja apenas 100. Diferente de antigamente, as geishas de hoje não são vendidas quando crianças para as okiya (casas de geisha). Tornar-se uma geisha hoje é completamente voluntário. O treinamento, entretanto, continua tão rigoroso quanto antes e exige das jovens determinação e comprometimento para aprender dança tradicional, canto, música, literatura, poesia, a tradicional cerimônia do chá e mais.

9 – Concubinato

Concubinato é uma relação semi-matrimonial entre uma jovem e um homem de maior status social. Tipicamente o homem tem uma mulher oficial além de uma ou mais concubinas.

As concubinas têm direito a algum apoio do homem e seus filhos são publicamente reconhecidos como dele (embora considerados de classe inferior aos filhos da esposa oficial).

O concubinato geralmente é voluntário, da parte da noiva e/ou de sua família, visto que oferece à mulher meios de sobrevivência e estabilidade econômica.

8 – Duelos
Praticado entre os séculos 15 e 20 nas sociedades ocidentais, o duelo é um combate consensual entre duas pessoas, com armas letais equivalentes, de acordo com regras explicita ou implicitamente expostas, em razão de alguma questão de honra.

O duelo normalmente nasce do desejo de uma das partes, o desafiante, de reparar um insulto à sua honra. O objetivo do duelo não é simplesmente matar, mas sim restaurar a honra pelo envolvimento voluntário em uma situação de risco de morte.

Embora fosse geralmente ilegal, na maioria das sociedades o duelo era socialmente aceito, os participantes raramente eram processados e, se fossem, não eram condenados.

Somente cavalheiros detinham a honra necessária para participar de um duelo. Se um cavalheiro fosse insultado por alguém de classe inferior, ele não o desafiaria para um duelo, simplesmente o surraria com um chicote, bengala ou ordenaria que alguns de seus servos o fizessem.

Hoje, os duelos são ilegais em quase todos os países do mundo.

7 – Sacrifício Humano
Sacrifício Humano é o ato de matar uma pessoa como oferenda a alguma divindade ou outro poder, normalmente de origem sobrenatural. Era uma prática comum em várias culturas antigas, com o ritual variando entre elas. As vítimas eram mortas seguindo-se um ritual de forma a supostamente agradar os deuses ou espíritos.

As vítimas podiam variar desde prisioneiros até crianças ou virgens, que eram mortas queimadas, decapitadas, enterradas vivas e etc.

Com o tempo o sacrifício humano se tornou uma prática menos comum, e hoje em dia ocorrências são muito raras. A maioria das religiões condena a prática e as leis em vigor geralmente a tratam como crime.

Entretanto ainda se vê casos isolados, principalmente nas áreas menos desenvolvidas do mundo.

6 – Seppuku
Também conhecido como hara-kiri, o seppuku é o suicídio ritual pela retirada das vísceras através de um corte na barriga. Era parte importante do bushido, o código dos samurais, e era cometido pelos guerreiros a fim de evitar que caíssem nas mãos inimigas ou para atenuar a vergonha.
Um daimyo (senhor feudal) tinha o poder de ordenar que algum de seus samurais cometesse o seppuku. Em alguns casos permitiam-se que guerreiros em desgraça cometessem o seppuku ao invés de serem executados. Samurais femininos só podiam cometer o ritual sob permissão.

O seppuku era visto como um ato de honra e coragem, admirável em um samurai que reconhecera sua derrota, desgraça ou ferimento fatal.

Com o tempo desenvolveu-se um complexo ritual para o seppuku. O samurai banhava-se e era vestido com roupas brancas. Comia seu alimento favorito e, quando terminado, seu tantõ (punhal) era colocado sobre seu prato. Então o guerreiro preparava-se para a morte escrevendo um poema da morte. Com seu kaishakunin (auxiliar de confiança) ao lado, ele abria seu quimono e cravava a faca no abdômen, abrindo um corte da esquerda para a direita. No mesmo momento o kaishakunin faria então um daki-kubi, ou seja, deceparia a cabeça do samurai com um único golpe de espada.

O seppuku foi proibido no Japão em 1873, mas nunca parou de ocorrer.

5 – Eunucos
Eunucos são homens castrados. O termo “eunuco” é usado geralmente para se referir à homens castrados que designam algum papel social em função disso.

Os primeiros registros de eunucos datam de 21 A.C. na antiga Suméria. Desde os eunucos desempenharam vários papéis em diversas sociedades diferentes. Desde cortesãos, cantores (os famosos castrati), especialistas religiosos, oficiais do governo e comandantes militares

A função mais comum, no entanto, é a de serviçal íntimo da corte (eunuco vem do grego “guardião da cama”). Na visão da época a castração os tornavam serviçais mais submissos e mais fieis.

Na China os eunucos tinham uma posição de status. Eram os funcionários preferenciais do imperador alcançando importância e poder maiores que os dos primeiros ministros. O Imperador via sua incapacidade de ter herdeiros como garantia de que não tentariam trair o trono por poder.

No fim da Dinastia Ming, cerca de 70.000 eunucos trabalhavam no palácio imperial. O poder que alguns alcançavam era tão grande que a auto-castração teve que ser proibida em todo o país.

Em 1912 o número de eunucos a serviço do Imperador era de 470.

4 – Chanzú
Do chinês “pés atados” o Chanzú foi uma prática comum na China durante cerca de 1000 anos. Meninas, na faixa dos quatro aos sete anos, tinham os pés atados com bandagens apertadas de forma que não pudessem crescer. Com o crescimento natural, os pés comprimidos se quebravam e cicatrizavam, num círculo que só terminava na fase adulta, ficando completamente deformados.

Os “Pés de Lótus”, como eram chamados, não passavam dos 10 cm de comprimento, e eram visto como sinal de status social e elegância.

O processo era complexo e deveria ser repetido a cada dois dias. Os pés eram untados em uma mistura de ervas e sangue de animal a fim de prevenir qualquer necrose. As unhas eram aparadas para evitar infecção. Em seguida a menina tinha os pés massageados. Bandagens eram imersas na mesma mistura de sangue e ervas. Cada um dos dedos era então quebrado e enrolado firmemente na bandagem úmida. Com a secagem, estas se contraíam e puxavam os dedos na direção do calcanhar.

A cada novo processo as bandagens eram presas mais fortes, tornando o ritual sempre doloroso.

Apesar dos cuidados, as infecções eram comuns. Necroses ocorriam constantemente acarretando na perda do dedo. Com o crescimento os problemas aumentavam. Caminhar se tornava difícil. Qualquer queda poderia causar uma fratura.

No século 17 surgiram as primeiras tentativas de abolir a prática, mas foi somente com a queda da Dinstia Qing e a proclamação da Nova República da China, em 1911, que a prática foi proibida por lei.

Hoje ela é praticamente extinta, mas muitas chinesas idosas ainda carregam suas marcas.

3 - Enterro Celeste
Enterro celeste ou, ritual da dissecação, era uma prática comum no Tibet. O cadáver era cortado em pequenos pedaços e colocado no alto de uma montanha, ficando exposto aos elementos e aos animais (especialmente aves de rapina). Em tibetano a prática é conhecida como jhator, que significa literalmente “dar as almas aos pássaros”.

A maioria dos tibetanos são adeptos do budismo, que prega o renascimento. Não há necessidade de preservar o corpo, que é agora vazio. Como o terreno tibetano é rochoso e muitas vezes difícil de cavar, o enterro celeste tornou-se uma forma prática de se livrar do corpo. A prática é considerada um ato de generosidade,

Os jhator tradicionais são feitos em áreas específicas do Tibet. O processo completo é longo e caro e quem não pode paga-lo simplesmente tem o corpo deixado em alguma pedra, onde apodrecerá e será comido por animais.

O corpo é primeiro velado por monges, que entoam cânticos e queimam incensos. O desmembramento é feito por um monge. Muitas testemunhas dizem que o desmembramento não é feito com cerimônia, nem com seriedade, mas sim como qualquer outra tarefa diária.

O processo varia de caso pra caso. Em alguns os membros são cortados e entregados para assistentes, que os esmagam com pedras até viraram uma pasta que é misturada com tsampa. Em outros a pele é arrancada do corpo e atirada aos corvos. Os ossos eram triturados e também misturados com tsampa.

O governo chinês proibiu a prática em 1960, mas a legalizou novamente em 1980.

2 – Sati
O Sati (ou Suttee) é um costume hindu no qual a viúva se sacrifica queimando-se viva junto do marido em sua pira funerária.

Não se sabe a origem exata do costume. Embora ele seja associado com os indianos, práticas semelhantes ocorreram também entre os egípcios, chineses e vikings. A maior parte dos indianos nega que seja um costume hindu, visto que não consta nada a seu respeito em nenhum de seus textos sagrados.
O sati é supostamente um ato voluntário. Argumenta-se, no entanto, que muitas mulheres podem ver-se impelidas a cometê-lo por pressão da sociedade e dos familiares.

Muitas explicações foram dadas para a tradição. A mais óbvia delas é que a Índia é uma sociedade centrada no homem, as viúvas não podem casar novamente e são destinadas a passar o resto da vida à margem da sociedade. Alguns a atribuem o costume aos Rajputs que, há tempos, teriam perdido milhares de homens em combate com os muçulmanos, deixando varias viúvas que se sacrificaram para não cair nas mãos do inimigo.

Visto com horror pelos ocidentais o sati foi proibido pelo governo britânico em 1829, mas nunca foi extinto de fato. Desde a independência da Índia, em 1947, cerca de 40 casos foram noticiados. O mais recente deles aconteceu em 1987. A jovem Roop Kanwar, de 18, estava casada a apenas 8 meses quando seu marido faleceu em decorrência de uma apendicite. Os vizinhos disseram que no dia seguinte, durante seu funeral, a viúva apareceu, vestida com seu traje de casamento, sentou-se na pira, com a cabeça do marido no colo, e ordenou que acendessem as chamas. Cerca de 40 testemunhas foram presas acusadas de envolvimento na morte, mas ninguém testemunhou e, após 9 anos de disputa, os acusados foram inocentados.

1 – Auto-Mumificação
A auto-mumificação foi prática corrente entre um pequeno grupo de monges budistas do norte do Japão conhecidos como Sokushinbutsu. A fim de alcançar o status de Buda, os monges tiravam sua própria vida através de um processo de mumificação.

Por um período de três anos o monge se alimentava de uma dieta especial composta somente por nozes e sementes, acompanhada por um programa de atividades físicas rigorosas. Esse período visava acabar com toda a gordura de seu corpo.

Nos próximos outros três anos ele se alimentava somente de cascas de árvores e raízes e tomavam um chá venenoso feito da seiva da árvore de Urushi, que contém urushiol, substancia normalmente usada para embeber a ponta de lanças e flechas. Esse processo causava fortes vômitos e a perda sistemática dos fluidos corporais.
Finalmente o monge se trancava em uma tumba de pedra, pouco maior que seu corpo, onde permanecia imóvel na posição de lótus. Sua única conexão com o mundo exterior eram um tubo de ventilação e um sino. À cada dia ele tocava o sino uma vez. No dia que o sino não tocasse, seus amigos saberiam que ele estaria morto.

O processo longo e doloroso requeria muito de seus praticantes, mas nem todos tinham sucesso no fim. Algumas tumbas, quando abertas, conservavam apenas o corpo apodrecido de seu hóspede.

O governo japonês tentou proibir a prática no fim do século 19, mas ela continuou no século seguinte. Hoje a prática é proibida.

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Para quem considera somente o preço

Em Português: "Não há nada que não se possa fabricar um pouco pior e vender um pouco mais barato e as pessoas que consideram somente o preço são vítimas da pirataria legal daqueles homens". ( John Ruskin )

En Español: "No hay nada que no se pueda fabricar un poco peor y vender un poco más barato y las personas que consideran solamente el precio son víctimas de la pirateria legal de aquellos hombres". ( John Ruskin )

Link Interessante

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quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Gatinho Dormindo


Estive analisando e quebrando a cabeça, mas me parece que este vídeo tem alguma coisa a ver com alguns colegas da pós-graduação. Ainda não conseguí ver bem o que é, mas acho que vou achar a resposta.

Um Coração Brilhante

Jennifer Love Hewitt é uma atriz de seriado de televisão e foi convidada para uma festa beneficente, organizada por uma instituição que ajuda crianças portadoras do vírus da aids.

Havia muitas barraquinhas espalhadas pelo pátio da instituição promotora, mas as crianças tinham se aglomerado ao redor de uma em especial.

Jennifer verificou que todas as crianças recebiam pequenos recortes de tecidos que deveriam ser pintados, para depois serem costurados, formando uma colcha.

O objetivo era presentear um dos diretores que tinha dedicado grande parte da sua vida à organização e estava se aposentando.

Potes com as cores mais variadas foram distribuídos, além de pincéis. As crianças pintaram corações cor-de-rosa, nuvens azuis, flores verdes e roxas, um lindo pôr-de-sol alaranjado. Todos os desenhos eram positivos, animadores.

Exceto um.

Um menino pintava um coração escuro, vazio, sem vida. No primeiro momento, ela pensou que ele estava usando cor escura, porque talvez tivesse sido a única tinta que sobrara.

Mas, quando ela perguntou a razão, o menino disse que o coração era daquela cor porque o seu próprio coração estava se sentindo escuro.

Tanto ele quanto sua mãe estavam muito doentes e nunca iriam melhorar. Ninguém pode fazer nada para ajudar, terminou dizendo.

A artista se sentou ao seu lado e falou que sentia muito que ele estivesse doente e que podia entender porque ele estava tão triste.

Até podia entender porque ele pintara o coração escuro. Mas, não era verdade que ninguém podia fazer nada. Talvez as pessoas não pudessem curar a ele, nem sua mãe.
Entretanto, algumas coisas podiam ser feitas.

Aprendi, continuou explicando, que dar abraços bem apertados ajuda de verdade quando se está triste. Se você quiser, eu posso lhe dar um abraço.

O menino pulou nos braços dela e tanto deu, quanto recebeu um apertado e longo abraço.

Ele ficou ali, sentado no colo, um bom tempo. Depois desceu para terminar o desenho.
Ele disse que se sentia melhor, mas continuava doente, ninguém iria mudar aquilo. E concluiu a sua pintura escura de um coração vazio e sem vida.

Ela sentiu uma dor aguda por dentro e, triste, se afastou.

No final do dia, Jennifer estava se aprontando para ir para casa quando sentiu que alguém lhe puxava pelo casaco. Quando se virou, o menininho estava ali de pé, com um sorriso no rosto.

Moça, sabe, eu vim lhe dizer que meu coração está mudando de cor. Está ficando mais brilhante. Acho que aqueles abraços apertados funcionam mesmo.

Ela se ajoelhou, para ficar do tamanho dele e trocaram um novo e demorado abraço.
No caminho de casa, ela mesma sentiu que seu próprio coração também tinha mudado para uma cor mais brilhante.

***

O amor tem capacidade transformadora. O sorriso, o abraço, um momento de atenção traduzem valiosas manifestações do amor e onde quer que se apresentem, transformam a dor em esperança, a solidão em conforto.

O amor acende luz na escuridão das vidas em desalento e transforma a terra árida dos corações em jardim ou pomar.

Quando a criatura ama com profundidade real, esquece-se si mesma e seu amor tem a capacidade de libertar as vidas, porque o amor é a força do bem inteiramente livre e saudavelmente direcionada.

Equipe de Redação do Momento espírita, com base no cap. Coração brilhante, de Jennifer Love Hewitt, da obra Histórias para aquecer o coração dos adolescentes, de Jack Canfield, Mark Victor Hansen e Kimberly Kirberger, ed. Sextante e cap. 21 da obra Perfis da Vida, do Espírito Guaracy Paraná Vieira, psicografia de Divaldo Franco, ed. Leal.

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Pestalozzi

Steve Prefontaine

Seu destino eram as corridas.

Na opinião de seus rivais, Steve Prefontaine corria mais por coragem do que pela glória.

Ninguém antes. Ninguém até hoje.

Pré estabeleceu recordes para os Estados Unidos em 14 ocasiões.

Correu nove corridas de 5000 metros em menos de 13:30.0.

Em oito ocasiões correu a milha em menos de quatro minutos.

Ganhou 82 de 102 encontros ao ar livre entre 1970 e 1975, contra competidores de primeiro nível em distâncias de 1 milha até 10 mil metros.

Ganhou quatro títulos de 3 milhas / 5000 metros da NCAA e três campeonatos campo traviesa da NCAA.

Ganhou títulos de 3 milhas da AAU em 1971 e 1973.

Ganhou os 5000 metros nos Jogos Panamericanos de 1971.

Ganhou as eliminatórias olímpicas dos Estados Unidos de 1972 nos 5000 metros e chegou a correr uma das corridas mais dramáticas da história olímpica aos 21 anos de idade.

Correu a milha em 3:54.6, os 2000 metros em 5:06.2, as duas milhas em 8:19.4, os 3000 metros em 7:44.2, os 5000 em 13:22,4 e as seis milhas em 27:09.4.


Alguma vez sonhou em jogar futebol americano, até que descobriu as corridas. Não passou muito tempo antes de que as corridas descobrissem a Pre. Se não estava na escola o trabalhando em um de seus três empregos, estava correndo. Os policiais locais o detinham, pois era um garoto correndo através do povoado à meia noite. Esses foram seus primeiros encontros com a autoridade.

A grandeza chegou rápido, os recordes e títulos escolares, a atenção da mídia. Conseguiu ao acumular 11 vitórias consecutivas numa temporada invicta, estabelecendo um recorde nacional ao correr duas milhas em 8:41:5. Um dia recebeu uma mensagem: Se vires à Universidade de Oregon, poderias ser o melhor corredor de longa distância de todo o mundo . Estava assinada por Bill Bowerman. Durante os seguintes quatro anos Pre não faltou a um encontro e nem sequer a um treinamento. Pre era diferente nesse sentido, tinha a ética de trabalho de um ferreiro Amish e um umbral de dor e fadiga muito superior ao resto de nós.

Além do compromisso estava o carisma, essa força intangível e inegável reservada para uns quantos indivíduos que estão destinados a deixar sua marca. Steve Prefontaine era um homem tenaz, cândido, curioso, dedicado à arte, à fotografia e à carpintaria, e com uma grande capacidade de concentração. Amava as pessoas, especialmente as crianças, porém odiava os bajuladores. Lutou pelo direito dos atletas a prosperar, a ganhar a vida e a receber apoio para o treinamento de todos os atletas amadores dos Estados Unidos. Essa defesa teve um preço, porém Pre não tinha nada que perder, vivia num trailer 60 dólares mensais e conseguia comida trocando selos.

Teve grandes vitórias, como a Hayward Restoration Meet. Pre e Frank Shorter intercambiaram ritmos ao longo da maior parte das três milhas da corrida. Tendo se atrasado na última volta, Pre passou velozmente em direção à última curva em frente da tribuna cheia de Gente Pre. Os gritos e golpes com os pés na madeira eram algo que nenhum dos presentes havia experimentado nunca. Don Kardong, quem corria em terceiro lugar, lembra: O ruído afetou meu passo na reta final. Por pouco eu não parei somente para observar. Pre ganhou essa corrida com um recorde estadunidense de 12:51.4.

Igualmente grandes eram suas decepções. Munique. Devido à tragédia pelo atentado terrorista, Pre somente conseguiu terminar em quarto lugar, um passo atrás de conseguir uma medalha,e a uma vida de distância do ouro. Assim é a vida, que desse momento de dúvida, Pre amadureceu e passou de ser somente um garoto de Oregon a um homem do mundo. Numa ocasião Pre recusou uma oferta de US$ 200.000 para correr o circuito da ITA. Fazê-lo colocaria em risco a sua condição de atleta amador e uma segunda corrida para ganhar a medalha de ouro em Montreal, corrida que não viveu para correr.

Dizem que o céu se despejava quando Pre colocava os pés sobre a pista do Hayward Field, uma lenda que tem mais de verdade do que de mito. “Quando as pessoas me perguntam por que corro, lhes respondo que muitas pessoas correm para ver quem é o mais rápido. Eu corro para ver quem tem mais coragem”. Assim, simples.

O apogeu de Pre no mundo dos corredores contribuiu à Nike em grande parte. Sua influência no desenho foi muito significativa. Seu compromisso com a promoção da marca legitimou a Nike mais do que qualquer outro esforço. Porém mais do que outra coisa foi seu espírito que mostrou que podíamos ter um mundo melhor através dos esportes.

Pre correu e ganhou sua última corrida em 29 de maio de 1975, no Hayward Field de Eugene. Morreu no dia seguinte aos 24 anos de idade. Porém como ele mesmo disse: “corro melhor quando corro em liberdade".

sábado, 8 de setembro de 2007

Severn Suzuki

Estamos em 2007, mas ao lermos este discurso de quem na época tinha 13 anos, nos damos conta de que a consciência por parte das crianças em relação à preservação do meio ambiente estava presente, mas os adultos infelizmente são os que mais dão o mau exemplo.

Alguns nos surpreendem com sua maturidade e bom senso, como a menina canadense Severn Suzuki, de apenas 13 anos.

Ela discursou no Rio de Janeiro, na Conferência das Nações Unidas sobre Meio ambiente e Desenvolvimento, em 1992.

Entre tantas questões, disse ela:

“Represento a ECO, a Organização das Crianças em defesa do meio ambiente.
Somos um grupo de crianças canadenses, de 12 a 13 anos tentando fazer a nossa parte, contribuir.

Estou aqui para falar em nome das gerações que estão por vir.

Estou aqui para defender as crianças com fome, cujos apelos não são ouvidos.

Estou aqui para falar em nome dos incontáveis animais morrendo em todo o planeta, porque já não têm mais para onde ir.

Todas essas coisas acontecem bem diante dos nossos olhos e, mesmo assim, continuamos agindo como se tivéssemos todo o tempo do mundo e todas as soluções.

Sou apenas uma criança e não tenho soluções, mas, quero que saibam que vocês também não têm.

Vocês não sabem como reparar os buracos na camada de ozônio.
Vocês não sabem como salvar os salmões das águas poluídas.

Vocês não podem ressuscitar os animais extintos.

Vocês não podem recuperar as florestas que um dia existiram onde hoje é deserto.

Se vocês não podem recuperar nada disso então, por favor, parem de destruir!

Aqui, vocês são representantes de seus Governos, homens de negócios, administradores, jornalistas ou políticos.

Mas, na verdade, são mães e pais, irmãos e irmãs, tias e tios, e todos também são filhos.

Sou apenas uma criança, mas sei que todos nós pertencemos a uma sólida família de bilhões de pessoas e, ao todo, somos 30 milhões de espécies compartilhando o mesmo ar, a mesma água e o mesmo solo.

Nenhum governo, nenhuma fronteira poderá mudar esta realidade.

Sou apenas uma criança, mas sei que esse problema atinge a todos nós e deveríamos agir como se fossemos um único mundo, rumo a um único objetivo.

Sou apenas uma criança, mas ainda sei que, se todo o dinheiro gasto nas guerras fosse utilizado para acabar com a pobreza, para achar soluções para os problemas ambientais, que lugar maravilhoso a Terra seria!

Na escola, desde o jardim de infância, vocês nos ensinaram a não brigar com os outros.

A resolver as coisas bem. Respeitar os outros.

Arrumar nossas bagunças. Não maltratar outras criaturas.
Dividir e não ser mesquinho.

Então, por que vocês fazem justamente o que nos ensinaram a não fazer?

Vocês estão decidindo em que tipo de Mundo nós iremos crescer.

O que vocês fazem, nos fazem chorar à noite.

Vocês adultos, nos dizem que nos amam.

Eu desafio vocês.

Por favor, façam as suas ações refletirem as suas palavras.”

Discurso de Severn Suzuki, na Conferência das Nações Unidas sobre meio ambiente e desenvolvimento – ECO 1992, no Rio de Janeiro.

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

O Presente de Aniversário

Encontramos uma narrativa pessoal de Mavis Ferguson, datada do ano de 1969, que assim diz: “uma semana depois de meu filho entrar para a primeira série, ele voltou para casa com a notícia de que Roger, o único menino negro na sala, era seu companheiro de brincadeiras no parquinho da escola.”

Eu engoli em seco e disse: Que bom. Quanto tempo até que alguém mais vire seu amigo?

Ah, eu não vou deixar de ser amigo dele – respondeu Bill.

Na outra semana, recebi a notícia de que Bill perguntara se Roger podia ser seu companheiro de carteira.

A não ser que você fosse nascido e criado no interior do sul dos estados unidos, como eu fora, não vai entender o que isso significa. Marquei imediatamente uma reunião com a professora.

Ela foi me encontrar com olhos cínicos e cansados, já dizendo de início:
Bem, suponho que a senhora também queira um novo companheiro de carteira para o seu filho. Será que poderia esperar alguns minutos? Há outra mãe chegando agora.

Virei-me e vi uma mulher da minha idade. Meu coração disparou quando percebi que deveria ser a mãe de Roger. Possuía uma discreta dignidade e muita atitude, mas nenhuma das duas qualidades podia encobrir a ansiedade que ouvi em suas perguntas:
Como Roger está se saindo? Espero que esteja acompanhando as outras crianças. Se não estiver, avise-me.

Ela hesitou enquanto forçava-se a perguntar:

Ele está criando qualquer tipo de problema? Quero dizer, por que ele tem que trocar tanto de carteira?

Percebi a terrível tensão que estava sentindo, pois ela sabia a resposta. Mas fiquei orgulhosa da resposta gentil daquela professora primária: Não, Roger não está causando problemas, tento mudar todas as crianças de lugar durante as primeiras semanas, até que encontrem o parceiro certo.

Eu me apresentei e disse que meu filho deveria ser o novo companheiro de Roger, e que eu esperava que gostassem um do outro. Eu sabia que era um desejo superficial, não um desejo profundo. Mas isso a ajudou, eu puder ver.

Duas vezes Roger convidou Bill para ir até sua casa, mas eu encontrei desculpas. Então veio o arrependimento que sentirei para sempre.

No dia de meu aniversário, Bill voltou da escola com um pedaço encardido de papel dobrado, em um quadradinho minúsculo.

Desdobrando-o encontrei três flores e “feliz aniversário” desenhados com lápis de cera no papel, e mais uma moeda de um centavo.

Foi o Roger que mandou – disse Bill. – é o dinheiro do leite. Quando eu disse que hoje era seu aniversário, ele me fez trazer isso para você. Disse que você é amiga dele, porque foi a única mãe que não o obrigou a mudar de companheiros de carteira.”

***
Martin Luther King Jr, o grande defensor da igualdade racial, em seu célebre discurso feito para uma multidão nos estados unidos, declamou: “eu tive um sonho, de que meus quatro filhos um dia irão viver em uma nação, onde não serão julgados pela cor de sua pele, mas sim pelo conteúdo de seu caráter.”

Equipe de Redação do Momento Espírita, a partir do capítulo “O Presente de Aniversário”, de Mavis Burton Fergusson, da obra “Histórias para aquecer o coração.”

A Lição da Carpintaria

Conta-se que certa vez uma estranha assembléia teve lugar em uma carpintaria.

Foi uma reunião das ferramentas para tirar as suas diferenças. O martelo assumiu a presidência da reunião, com arrogância. Entretanto, logo foi exigido que ele renunciasse. O motivo? É que ele fazia ruído demais. Passava o tempo todo golpeando, batendo. Não havia quem agüentasse.

O martelo aceitou a sua culpa, mas exigiu que também fosse retirado da assembléia o parafuso. É que ele precisava dar muitas voltas para servir para alguma coisa. Com isso, se perdia tempo precioso. O parafuso aceitou se retirar, desde que a lixa igualmente fosse expulsa. Era muito áspera em seu tratamento. E, além do mais, vivia tendo atritos com os demais. A lixa se levantou e apontou os defeitos do metro. Ele igualmente deveria sair do local, porque sempre ficava medindo os demais conforme a sua medida. Por acaso, ele estava achando que era o único perfeito?

Enquanto assim discutiam, entrou o carpinteiro. Colocou o avental e iniciou, feliz, o seu trabalho. Tomou a madeira e usou o martelo, o parafuso, a lixa e o metro.

Depois de algumas horas, a madeira grossa e rude do início tinha se transformado em um lindo móvel.

Ele contemplou a sua obra, elogiou e saiu da carpintaria.

Bastou fechar a porta, para as ferramentas retomarem a discussão. Contudo, o serrote com calma falou:

Senhores, foi demonstrado que todos temos defeitos. Mas também pudemos observar, nas últimas horas, que todos temos qualidades. Foi exatamente com as nossas qualidades que o carpinteiro trabalhou e conseguiu criar uma obra de arte, um móvel muito bem acabado.

Então, todos concordaram que o martelo era forte, o parafuso unia e dava força, a lixa era especial para afinar e limar a aspereza. O metro era preciso, exato em suas medidas. Sentiram-se como uma equipe capaz de produzir móveis de qualidade. Sentiram-se felizes com seus pontos fortes e por trabalharem juntos.

A mesma coisa acontece com os seres humanos. Quando as pessoas buscam pequenos defeitos nos demais, a situação se mostra negativa e tensa.

Ao buscar perceber os pontos positivos dos outros, é quando florescem os melhores lucros para as relações dos seres humanos.

Encontrar qualidades é, portanto, uma tarefa a que nos devemos dedicar, pois ela é capaz de inspirar todos os êxitos humanos.

***

Se você está disposto a ser uma pessoa produtiva no bem, otimista, criadora, comece a cultivar a sua capacidade de descobrir as virtudes nas pessoas.

Comece dentro do seu lar. Observe quantas qualidades positivas tem seu irmão, sua esposa, seu marido, sua sogra. Com certeza você se surpreenderá. Depois, aumente a sua pesquisa e olhe para o seu vizinho, o colega de trabalho, as pessoas que lhe servem todos os dias: o motorista de ônibus, o cobrador, a moça do caixa do supermercado, a atendente da farmácia.

Ao fim do dia, você terá descoberto que esse imenso mundo de Deus está repleto de pessoas boas, de qualidades preciosas, prestativas e amigas.

E você terá se enriquecido de paz.

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Truques para Pesquisar no Google

Praticamente todo usuário de internet, inclusive você, já se deparou com essa situação: ao procurar mais informações sobre um determinado assunto na web, entrou em um site de buscas, escreveu algo naquela tradicional janelinha e... não encontrou o que gostaria. Pois isso acaba hoje: sempre adorei as facetas do Google para busca avançadas e vou compartilhá-las com você agora, dividindo as dicas nas categorias “básica”, “avançada” e “números”. :)

Opções básicas
O Google não diferencia letras maiúsculas, minúsculas ou acentuação. Para o programa, coração é a mesma coisa que coracao ou CoRaÇÃo.

1) Busca simples
Você pode fazer uma busca com uma ou mais palavras: quando elas são separadas por um espaço, o sistema procura uma E também a outra. Exemplo: Ayrton Senna. Como resultado, o programa vai trazer todo os sites que tenham as palavras Ayrton E Senna, mesmo se elas estiverem separadas no texto.

2) Frase exata
Colocando as duas palavras entre aspas, a busca será efetuada com todas as palavras, na ordem em que foram escritas. Exemplo: “Ayrton Senna”. O resultado irá apresentar todos os sites nos quais a palavra Ayrton é obrigatoriamente seguida pela palavra Senna.

3) Excluindo uma palavra
É possível fazer isso colocando um sinal de menos (-) na frente da palavra que deseja excluir. Exemplo: “Ayrton Senna” -Prost. O resultado vai apresentar sites que tenham “Ayrton Senna”, nesta ordem, e não contenham a palavra Prost.

4) Encontrando sinônimos
Coloque um sinal de til (~) na frente da palavra que deseja procurar; assim, a ferramenta exibirá seus sinônimos. Exemplo: “Ayrton Senna” ~espetacular.

Opções avançadas

1) Busca no título da página
Para buscar o título da página, esse que aparece lá no topo da janela, escreva o termo intitle:, seguido da expressão que quer encontrar. Exemplo: intitle:”Ayrton Senna”. O resultado irá apresentar as páginas que contenham a expressão “Ayrton Senna” no titulo, e não necessariamente no corpo da página. Use allintitle: para buscar por todas as palavras e expressões no título.

2) Procurar em um site específico
Você pode procurar dentro de um site específico, usando o termo “site:” acrescido da URL básica do site. Exemplo: “Ayrton Senna” site:globo.com. O resultado irá apresentar todos os registros da expressão “Ayrton Senna” em todos os sites da globo.com.

3) Todas as palavras no texto da página
Quando você quiser garantir que todas as palavras estão no texto da página (não em links, titulo e etc), use allintext:. Exemplo: allintext: “Ayrton Senna”. O resultado irá apresentar apenas sites em que a expressão “Ayrton Senna” esteja no corpo do texto.

4) Busca por intervalo entre números
Se você está procurando um produto e quer apenas os resultados de busca entre duas faixas de preço, use valor 1..valor 2Exemplo: “Câmera digital” 500..1.000. O resultado conterá sites com a expressão “câmera digital” e números inteiros entre 500 e 1.000.

5) Buscar excluindo conteúdo adulto
Seu filho precisa fazer um trabalho de escola e vai procurar termos como “sexo” e “camisinha”? O risco de ele encontrar um site com conteúdo adulto nesse caso é muito grande. Para diminuir o risco dele ver algo que não deveria, clique aqui e configure essa opção em seu navegador.

6) Busca por tipos específicos de arquivos
Pode ser que alguma vez seja necessário encontrar um arquivo com uma extensão específica, como um arquivo PDF de um manual que você perdeu. Para isso, Use o termo filetype: ou ext: acrescido da extensão que você quer. Exemplo: “manual Celta” ext:PDF. O resultado irá apresentar apenas documentos PDF com o a expressão “manual Celta” em seu conteúdo.

NÚMEROS
Também é possível brincar com as buscas do Google fazendo cálculos matemáticos, conversão de moedas, etc, etc e etc. Vamos lá!

1) Operações matemáticas
Soma: número + número
Subtração: número - número
Multiplicação: número * número
Divisão: número / número

2) Operações de conversão de moeda
Você precisa saber quanto vale US$ 100 em euros? Simples: escreva o valor, a moeda de origem, a palavra in e a moeda final. Exemplo: 100 USD in euros. Uma observação importante:se o google aparece em português para você, use no lugar de IN a opção EM: 200 USD em euros.

Ufa! Não pense que chegamos ao fim. Ainda existe uma vasta gama de opções de busca para o Google, mas agora jogo a bola para você, leitor. Quer descobrir outras facetas? Use aquelas explicadas neste post para encontrar novas funcionalidades e escreva suas descobertas nos comentários, para dividi-las com outras pessoas.

Para terminar, você pode combinar as opções que apresentei para refinar ainda mais suas buscas. A intenção do Google com isso é qualificar o resultado das buscas: não adianta encontrar 100 mil páginas que não lhe servem. Encontrar dez, sendo que destas metade lhe serve muito bem é o que importa, certo?
Fernando Panissi

A Força do Exemplo

Muitas pessoas acreditam que para educar as crianças basta falar sobre boas maneiras, fazer longos discursos teóricos sobre como se deve agir na vida.

No entanto, esquecem-se da força do exemplo e negam a teoria fazendo o que desaconselham ou deixando de fazer o que ensinam.

Um dia, dois amigos brasileiros andavam por uma rua movimentada de uma cidade alemã, quando se detiveram há alguns metros da faixa de pedestres.

Como não vinha carro algum, resolveram atravessar.

Todavia, antes de chegarem ao outro lado, perceberam que uma senhora, em companhia de uma criança, lhes falava com veemência, fazendo parecer que reprovava aquela atitude.

Como não entendiam a língua alemã perguntaram à amiga que os acompanhava, que vivia naquela cidade e falava alemão, o que a senhora estava dizendo.

A amiga então esclareceu que ela os recriminava por terem atravessado a rua fora da faixa de pedestres e dado esse mau exemplo à criança.

“Como podem fazer isto diante de uma criança e depois exigir que faça o certo?”, falou a senhora.

“Como poderemos deixar um filho sair na rua e confiar que obedecerá as leis de trânsito, quando lhes damos o pior exemplo?”, acrescentou indignada.

Com certeza aquela senhora alemã agiu como cidadã que tem consciência de que a melhor pedagogia é o exemplo.

Quando os amigos nos contaram esse episódio, ficamos a imaginar se em nossas ruas alguém teria a coragem de tomar uma atitude dessas...

Por aqui, é comum se ver os próprios pais arrastando seus filhos pela mão, em correria, para chegar ao outro lado da rua, não muito longe da faixa ou da passarela...

Não é difícil perceber motoristas avançando o sinal, parando sobre a faixa de pedestres, desrespeitando a sinalização. E muitas vezes têm os filhos por testemunha.

Nós, que desejamos mudar essa triste estatística de mortes por acidente de trânsito em nosso país, precisamos agir com sabedoria.

Enquanto os adultos não se educarem para mostrar como se faz, não se pode esperar um panorama melhor no futuro, pois a base, que são as crianças, estará comprometida.

E as mortes no trânsito são apenas um dos fatores resultantes da deseducação. E causam bastante infelicidade e prejuízos.

Há também o fator corrupção, que tanta desgraça tem causado em nossas vidas.

Quando pais ou mães são abordados pelo guarda de trânsito, por terem cometido uma infração qualquer, e começam a inventar mentiras diante dos filhos, para se justificar, estão ensinando os filhos a ser desonestos.

O certo é que deveriam admitir que agiram equivocadamente, e assumir a multa.

O que se poderá esperar de um educando que recebe essas lições?

Existem tantos outros exemplos, mas não é necessário relacionar todos eles para se chegar à conclusão de que o exemplo arrasta, e que é preciso pensar nisso.

Quantas mortes no trânsito não poderiam ser evitadas se os adultos só dessem boas lições às crianças!?

Quanta desonestidade deixaria de existir se os exemplos dos educadores fossem sempre de honestidade e honradez!?

Quanta violência não seria praticada se os exemplos de violência não fossem passados para a infância!?

Se você concorda com essas argumentações, e está pensando que apenas o seu exemplo não adiantará, pense na autoridade moral que terá diante do seu filho, agindo certo.

Ainda que todas as demais pessoas dessem maus exemplos, se você agir corretamente terá o respeito do seu filho, e é isso que importa.

Pense nisso, e considere que uma criança poderá estar observando você e aprendendo com os seus exemplos, neste exato momento.

Texto da Equipe de Redação do Momento Espírita.

Um Copo de Leite

Um dia, um rapaz pobre que vendia mercadorias de porta em porta para pagar seus estudos, viu que só lhe restava uma simples moeda de dez centavos. A fome o maltratava.

Decidiu que pediria comida na próxima casa em que batesse. Porém, quando uma encantadora mulher jovem lhe abriu a porta, seus nervos o traíram.

Em vez de comida, ele só teve coragem para pedir um copo de água.
A jovem descobriu nele um rapaz faminto e, em vez de água, lhe deu um grande copo de leite.

Ele bebeu devagar. Depois, receoso, perguntou:

Quanto lhe devo?

Não me deve nada, respondeu ela. Minha mãe sempre nos ensinou a nunca aceitar pagamento por uma oferta caridosa.

Ele disse: “pois eu te agradeço de todo coração."

Quando Howard Kelly saiu daquela casa, não só se sentiu mais forte fisicamente, mas também sua fé em Deus e nos homens ficou mais forte. Antes, ele estava resignado a se render e deixar tudo. Agora, estava disposto a prosseguir na luta até a conquista do que idealizara para a sua vida.

Anos depois, essa jovem mulher ficou gravemente doente. Os médicos locais estavam confusos quanto ao correto diagnóstico e conseqüente tratamento. Finalmente, a enviaram para a cidade grande, onde chamaram um especialista para analisar sua rara enfermidade. O especialista não era outro senão o Dr. Howard Kelly.

Quando lhe apresentaram a ficha da enferma e ele soube do nome do povoado de onde ela viera, uma estranha luz encheu os seus olhos. Imediatamente, vestido com a sua bata de doutor, foi ver a paciente.

Reconheceu imediatamente aquela mulher. Determinou-se a fazer o melhor para salvar aquela vida. Passou a dedicar especial atenção para aquela paciente.

Depois de uma demorada luta pela vida da doente, ele ganhou a batalha. Quando ela se preparava para ter alta, o Dr. Kelly pediu para a administração do hospital que lhe deixasse ver a fatura total dos gastos, a fim de que a pudesse aprovar.
Ele a conferiu, item por item, depois escreveu alguma coisa e mandou entregá-la no quarto da paciente.

Ela tinha medo de abrir a fatura, porque sabia que levaria o resto da sua vida para pagar todos os gastos. No entanto, quando se decidiu a abrir o envelope, algo lhe chamou a atenção. Em letras caprichadas, mas firmes, havia uma anotação:
Pago totalmente, faz muitos anos, com um copo de leite.
Assinado: Dr. Howard Kelly.

E lágrimas de intensa alegria correram dos olhos daquela mulher, que se lembrou de orar nos seguintes termos:
Graças, meu Deus, porque teu amor se manifestou nas mãos e nos corações humanos.

***
Imensa é a generosidade dos corações que se manifesta das mais variadas formas.

Basta um pequeno toque, um pequeno pedido, e eis a generosidade se transformando em alimento, agasalho, abrigo, acolhida, companhia.

E porque a generosidade espanca a miséria, transformando patrimônio em lares, pedras em pães, horas preciosas em alfabetização, a esperança prossegue luzindo nas almas, conduzindo-nos a um mundo de paz, onde todos nos daremos as mãos, na qualidade de irmãos.

sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Machu Picchu - Peru

Impostômetro

Se quiser saber quanto de imposto está sendo pago no Brasil até o momento, a nível federal, estadual e municipal, vale a pena acessar: www.impostometro.com.br

Vietnã e o Agente Laranja


A Guerra do Vietnã terminou em 1975, mas o flagelo causado pela contaminação provocada por um herbicida chamado agente laranja ainda não terminou.

"Os danos causados pelo agente laranja são muito mais graves do que qualquer um imaginava na época em que a guerra acabou", disse Nguyen Trong Nhan, vice-presidente da Associação Vietnamita de Vítimas do Agente Laranja (Vava).

Milhões de galões de agente laranja foram despejados pelos Estados Unidos no Vietnã entre 1962 e 1970. O herbicida visava desfolhar a floresta e, assim, evidenciar esconderijos de guerrilheiros vietnamitas.

O agente laranja contém um dos mais fortes venenos existentes, uma variação da dioxina chamada TCCD. Após desfolhar a floresta, a dioxina espalhava sua toxina pela cadeia alimentar - o que teria gerado vários defeitos de nascença.

Segundo Nguyen Trong Nhan, o uso do agente laranja "foi uma pesada violação de direitos humanos da população civil e uma arma de destruição em massa".

Mas desde o fim da Guerra do Vietnã, Washington vem negando qualquer responsabilidade legal ou moral pelo legado tóxico que o agente laranja deixou no Vietnã.

Em janeiro de 2004, três vietnamitas, alegando terem sido vítimas de crimes de guerra, iniciaram um processo judicial contra a Monsanto, a Dow Chemicals e oito outras empresas multinacionais que usaram agente laranja e outros desfolhantes.
Defeitos de nascença
Na pequena comunidade de Cu Chi, que foi pesadamente atingida pelo agente laranja, a família de Tran Anh Kiet, de 21 anos, enfrenta os problemas do dia-a-dia.

Seus pés e mãos são deformados. Ele se contorce, com evidente dificuldade de locomoção e suas tentativas de falar se restringem a tristes grunhidos.

Kiet tem de ser alimentado com colher. Ele é um adulto preso no corpo de um menino de 15, com a idade mental de uma criança de seis. Ele é o que a população de seu vilarejo chama de um bebê do agente laranja.

No Vietnã, existem outras 150 mil crianças como ele, cujos defeitos de nascença, segundo a Cruz Vermelha vietnamita, podem ser rastreados até a exposição ao agente laranja que seus pais sofreram durante a guerra ou pelo consumo de comida ou água contaminada por dioxina desde 1975.

A associação Vava estima que 3 milhões de vietnamitas foram expostos ao agente químico durante a guerra e que, destes, 1 milhão enfrentam hoje sérios problemas de saúde devido à exposição.
Alguns destes são veteranos da guerra, que foram expostos às "nuvens químicas" durante o conflito. Muitos são fazendeiros que viviam da terra que foi atingida pelo herbicida. O agente laranja também atingiu uma segunda e uma terceira geração, afetadas pela exposição sofrida por seus pais.

Muitas das vítimas vivem em ex-bases militares americanas, como Bien Hoa, onde o agente laranja era estocado em grandes quantidades.

Arnold Scheiter, um americano especialista em contaminação por dioxina, examinou o solo da região em 2003 descobriu que ele continha um nível de TCDD 180 milhões acima do nível considerado seguro pela agência de proteção ambiental americana.
-- Fonte: BBC, por Tom Fawthorp, no distrito de Cu Chi, Vietnã.

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Auto Retrato dos Estados Unidos

10.000 aviões (o mesmo número de passageiros voam diariamente nas rotas internas)



426.000 celulares trocados a cada dia




213.000 pastilhas de Vicodina (anualmente faz-se o mesmo número de visitas ao médico pela receita destas pastilhas)





29.569 armas (quantidade de pessoas mortas por armas de fogo ao ano)





1.14 milhões de sacolas de supermercado (é a quantidade utilizada a cada hora)





60.000 sacolas plásticas (quantidade utilizada a cada 5 segundos)





2.3 milhões de conjuntos de uniformes carcerários (é a quantidade de pessoas presas ao ano)




106.000 latinhas de alumínio (quantidade utilizada a cada 30 segundos)





A cada 5 minutos utilizam-se 30.000 folhas de papel de escritório



3.6 milhões de válvulas para pneus (essa é a quantidade de pneus vendida ao ano)





125.000 notas de 100 dólares (12.5 milhões de dólares) - é valor gasto a cada hora com a guerra do Iraque





75.000 contêineres (Quantidade que passa pelos portos americanos a cada dia)